ARTIGO DE REVISÃO | REVIEW ARTICLE
RESUMOEste estudo propôs-se a realizar uma revisão sistemática da literatura a fim de verificar os efeitos da realidade virtual (RV) sobre a reabilitação de pacientes que sofreram acidente vascular encefálico (AVE). Foi realizada uma busca nas bases de dados eletrónicas Medline, Lilacs, Scielo e Pubmed, no período de 2004 a 2012. As palavras-chave utilizadas foram: realidade virtual, vídeo game, AVC, fisioterapia, reabilitação, virtual reality, stroke, rehabilitation e physiotherapy. Foram localizados 893 artigos e, ao final da seleção foram analisados nove estudos. Os resultados obtidos mostraram que o treino com RV pode contribuir para a reabilitação de pacientes que sofreram AVE. Os estudos selecionados utilizaram sete sistemas de RV para o treino das seguintes funções: marcha, equilíbrio, membro superior, cognição e perceção. Além disso, dependendo da função treinada, os autores utilizaram diferentes métodos de avaliação. Entretanto, mesmo os estudos que avaliaram funções similares utilizaram instrumentos de avaliação diferentes o que dificulta a comparação dos resultados. Conclui-se que a RV pode promover efeitos positivos na reabilitação de pacientes pós-AVE. Apesar dos resultados promissores, ainda são necessários novos estudos com maior número de sujeitos e melhor qualidade metodológica. Palavras-chave: acidente vascular cerebral, reabilitação, tecnologia ABSTRACT This study aimed to perform a systematic review to verify the effects of virtual reality (VR) on the rehabilitation of stroke patients. The search was conducted in the electronic databases Medline, Lilacs, Scielo and PubMed, from 2004 to 2012. The keywords selected for the search were: virtual reality, video game, stroke, physiotherapy, rehabilitation. It was found 893 articles, and at the end of selection, nine studies were included. The results showed that training with VR may contribute to the rehabilitation of stroke patients. The selected studies involved the use of seven different VR systems for training of functions: gait, balance, upper limb function, cognition and perception. Furthermore, depending on the function trained, the authors selected different assessment methods. However, even in the studies with similar functions assessed it was found different measurement techniques. The conclusion was that VR can promote positive effects on rehabilitation of post stroke patients. Despite promising results, further studies are needed with larger numbers of subjects and better methodological quality.