O artigo parte da experiência dolorosa da perda dos entes queridos em tempos de pandemia para iluminar a questão do sentido da vida e da morte. O objetivo é relacionar essas experiências com situações dramáticas. Na comunidade cristã de Tessalônica pelo ano 51 da era cristã a preocupação era o destino dos mortos por ocasião da vinda do Senhor. No século III, Cipriano na obra “De mortalitate” em meio à epidemia exorta os cristãos a não temer a morte, pois morrer era encontrar-se com o Senhor. O estudo oferece um significado teológico da morte à luz da ressurreição de Cristo. A morte possui um significado, pois viver em Cristo é viver vida nova, e morrer é estar com Cristo ressuscitado. Conclui-se que a esperança cristã na vida eterna não é alienação num futuro celestial. Nas situações de morte quem vive como ressuscitado é solidário com os que sofrem e comprometido em promover vida. Portanto, a vida presente espelha a realidade futura. No entanto, quando o presente não apresenta sinais de esperança, coloca-se mais ênfase no futuro em Deus.