2015
DOI: 10.15448/2178-3748.2015.1.19877
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“Viva a Itália E Seu Glorioso Exército!” a Imigração Italiana E as Manifestações De Italianidade Nas Memórias De Andrea Pozzobon (1885-1915)

Abstract: RESUMO: O presente artigo parte da trajetória do imigrante Andrea Pozzobon para analisar questões como a experiência migratória e a acomodação nos núcleos de colonização. Nas comunidades fundadas do outro lado do Atlântico surgiu a preocupação com a renovação dos vínculos com a pátria de origem através da realização de festividades. Os acontecimentos envolvendo a Itália e a participação na Primeira Guerra, em 1915, repercutiram entre a população colonial, gerando manifestações de apoio, reforçando o sentimento… Show more

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“…Efetivamente, o amor pela pátria em si mesmo não foi seguramente a causa principal que animou a decisão de Olyntho, nem muito menos a do seu amigo João, ou melhor, é evidente que a retórica nacionalista, potenciada já a partir dos anos anteriores ao conflito, quando a Itália começou a sua política de expansão colonialista com a sucessiva conquista da Líbia em 1911, alimentou um sentimento de patriotismo entre os imigrantes italianos concentrados em comunidades numerosas como aquela à qual pertencia Olyntho (Vendrame, 2015), mas, junto ao desejo "de defender os ultrajes feitos à pátria" (Sanmartin, 1957, p. 36), a decisão foi motivada por uma série de outras questões, entre as quais a grande curiosidade e a possibilidade única de poder visitar "gratuitamente" os lugares de origem, fortemente idealizados nos anos da juventude. Como se podia ler já no edital oficial da primeira chamada enviado por Roma e divulgado em todos os consulados e vice-consulados, o governo italiano se comprometia com o pagamento da viagem de ida e volta, além da concessão de uma anistia a "todos os desertores e aos que deixaram de servir quando chamados para o serviço obrigatório", e de um auxilio "às famílias dos reservistas indigentes que sigam para Itália" (Correio do Povo, 1915b).…”
Section: A Trajetória De Olynthounclassified
“…Efetivamente, o amor pela pátria em si mesmo não foi seguramente a causa principal que animou a decisão de Olyntho, nem muito menos a do seu amigo João, ou melhor, é evidente que a retórica nacionalista, potenciada já a partir dos anos anteriores ao conflito, quando a Itália começou a sua política de expansão colonialista com a sucessiva conquista da Líbia em 1911, alimentou um sentimento de patriotismo entre os imigrantes italianos concentrados em comunidades numerosas como aquela à qual pertencia Olyntho (Vendrame, 2015), mas, junto ao desejo "de defender os ultrajes feitos à pátria" (Sanmartin, 1957, p. 36), a decisão foi motivada por uma série de outras questões, entre as quais a grande curiosidade e a possibilidade única de poder visitar "gratuitamente" os lugares de origem, fortemente idealizados nos anos da juventude. Como se podia ler já no edital oficial da primeira chamada enviado por Roma e divulgado em todos os consulados e vice-consulados, o governo italiano se comprometia com o pagamento da viagem de ida e volta, além da concessão de uma anistia a "todos os desertores e aos que deixaram de servir quando chamados para o serviço obrigatório", e de um auxilio "às famílias dos reservistas indigentes que sigam para Itália" (Correio do Povo, 1915b).…”
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