Introdução: A sala de recuperação pós-anestésica (SRPA) é destinada a proporcionar assistência imediata aos pacientes sob efeito de diferentes modalidades anestésicas e cirúrgicas. Assim, a equipe de enfermagem deve ter um trabalho efetivo e qualificado para prestar esse cuidado ao paciente (LIMA; RABELO, 2013;NASCIMENTO;JARDIM, 2015). A incidência de complicações na SRPA está relacionada às condições clínicas pré-operatórias, a extensão e tipo de cirurgia, às complicações cirúrgicas ou anestésicas e a eficácia do tratamento (CARDOSO et al., 2001). As primeiras 24 horas do pós-operatório exigem atenção especial da equipe de enfermagem, pois o paciente pode apresentar distúrbios pulmonares, cardiovasculares, renais, entre outros, que devem ser reconhecidos e tratados imediatamente, evitando complicações neste momento (PADOVANI et al.,1998). Dor, náuseas e vômitos, agitação/ansiedade e sangramento são complicações que são recorrentes em pacientes que chegam na SRPA e essas ocorrem no cotidiano do plantão do enfermeiro que atua na SRPA (POPOV et al., 2009). Normalmente, a parada cardiorrespiratória (PCR) é antecedida de hipotensão, distúrbios eletrolíticos, metabólicos, insuficiência respiratória e são potencialmente evitáveis ou modificáveis (KAZAUARE et al., 2013;MARTINEZ et al., 2012). Os riscos e perfis dos pacientes cirúrgicos a terem uma PCR estão associados mais a idosos e pacientes com mais comorbidades (ROQUES et al., 1999; ALEXANDER et al.,2000). Às complicações pós-operatórias, trazem preocupação para a equipe multiprofissional e podem acarretar inúmeros problemas de saúde ao paciente, inclusive incapacidade e morte (SCHWARTZMAN et al., 2012). Por isso, estar preparado para essas adversidades e aderido a uma equipe multiprofissional proporciona uma qualificação na assistência à saúde do paciente. Essa escrita tem como objetivo relatar a experiência de assistência de enfermagem na SRPA frente a uma PCR. Metodologia: Trata-se de um relato de experiência, oriundo da disciplina "Enfermagem no Cuidado do Adulto II", composta por 150 horas de aulas teóricas e vivência prática, no 6º período do curso de graduação em Enfermagem de uma Universidade privada do Estado do Rio Grande do Sul. A vivência prática no Centro Cirúrgico (CC), Centro de Material e Esterilização (CME) e SRPA foi desenvolvida em agosto de 2021 em um Hospital privado de médio porte. A experiência foi realizada durante as práticas de estágio da referida disciplina, durante o período diurno. Participaram da atividade três discentes, um docente do curso de graduação em Enfermagem e profissionais multidisciplinares que atuam no CC e SRPA. Desenvolvimento: O CC é amplo e dispõe de quatro salas operatórias, SRPA e CME. Após os procedimentos cirúrgicos, os pacientes são encaminhados para a SRPA, ficando aos cuidados de um técnico de enfermagem em um período estipulado de tempo, o qual o paciente é avaliado podendo ir para o quarto ou ser encaminhado para leito de UTI quando agravar o quadro clínico. No período do estágio pode-se acompanhar e observar u...