“…Nas propostas referentes ao uso e à ocupação do solo, por exemplo, a composição de conjuntos urbanos que superem exclusivamente o lote como unidade de referência de configuração urbana, o estabelecimento de limites mínimos e máximos de área construída computável destinada a estacionamento de veículos, ou mesmo a possibilidade de o passeio ganhar mais largura em compensação à dispensa de recuo frontal das edificações no lote têm clara sintonia com alguns dos artigos selecionados na terceira etapa da pesquisa. Uma das diretrizes que se tornou mais conhecida, a fachada ativa, está justamente associada a uma melhor relação entre a edificação, o seu uso lindeiro e a circulação de pedestres, mecanismo esse que se coloca em meio a um certo debate em torno da tese Jane Jacobs, na defesa do uso misto e da densidade como promotor de caminhabilidade, conceito defendido também por artigos descobertos pela pesquisa (Boulange et al, 2017;Lee et al, 2017;Gunn et al, 2017;Lee, 2015;Lerman & Omer, 2016;Koohsari, et al, 2016;Choi, 2014;Johnson & Marko, 2008;Krizek, 2003;Greenwald, 2003;Handy et al, 2002), ou, ao contrário, a crítica de que o uso misto e as maiores densidades populacionais geram a caminhabilidade, ao serem apontadas limitações nessa relação (Maat et al, 2005;Kemperman & Timmermans, 2009;Lee, 2015).…”