Este trabalho analisa as tendências das desigualdades de acesso ao ensino superior no Brasil ao longo das últimas três décadas, período marcado por grande expansão do sistema de educação superior. São utilizadas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) e dos Censos Demográficos, a partir das quais modelos de regressão estimam as chances de estudantes que completaram o ensino médio chegarem ao ensino superior no país, em função das origens socioeconômicas, características sociodemográficas, estrutura familiar e diferenças regionais. Os principais resultados indicam queda das desigualdades de acesso, segundo nível educacional dos pais e diferenças raciais.