ResumoNegociação é um processo essencial na área de negócios e seu início pode afetar o desenrolar de todo o processo. Embora oportunidades possam ser perdidas quando uma ou mais partes fracassam no começo de uma negociação, essa fase tem sido pouco explorada pelas pesquisas até há bem pouco tempo. Este artigo relata os resultados de um estudo de negociações que examina os efeitos de fatores situacionais/contextuais e culturais no processo de iniciação (acionando a outra parte, fazendo uma solicitação, otimizando a solicitação), concentrando-se especificamente quanto ao poder relativo de barganha (fator situacional) e individualismo-coletivismo. Encontraram-se evidências de que um alto poder de barganha aumenta a probabilidade da intenção de iniciar uma negociação em geral, e, mais especificamente, de fazer uma solicitação e otimizar essa solicitação. Os fatores culturais individualismo e coletivismo também apresentaram evidências que afetam a iniciação de uma negociação: individualistas tiveram maior probabilidade de iniciar uma negociação que os coletivistas, sendo esse efeito aumentado para aqueles individualistas com alto poder relativo de barganha. As implicações práticas e teóricas dos resultados encontrados são discutidas e sugestões de pesquisas futuras são apresentadas.Palavras-chave: negociação; iniciação; poder; cultura; individualismo-coletivismo.
AbstractNegotiation is an essential business process, with the initiation of a negotiation likely to affect how the process unfolds. Despite the fact that opportunities are often lost when one or more parties fail to initiate, initiation has until recently been overlooked in negotiation process models and research. This paper reports findings from a study that examines the effects situational/contextual factors and culture have on the initiation process (engaging a prospective counterpart, making a request, and optimizing that request), focusing specifically on relative bargaining power (a situational factor) and individualism-collectivism. Higher bargaining power was found to increase the likelihood of initiation intentionality in general as well as the requesting and optimizing phases more specifically. In addition, individualism/collectivism was also found to affect initiation, with individualists more likely than collectivists to initiate a negotiation. Further, this effect was enhanced when individualists had high relative bargaining power. The theoretical and practical implications of these findings are discussed, with suggestions for future research.