“…A teoria da mente está relacionada à habilidade das crianças de compreenderem seus próprios estados mentais e dos outros, e dessa maneira, predizem suas ações e comportamentos(OLSON et al, 2011).Outro estudo também indicou que os meninos apresentam níveis mais altos em relação à vitimização e ao comportamento problemático em relação às meninas(ANDREWS et al, 2014). Todavia, os meninos apresentaram maior proporção de interações sociais entre pares, com uma comunicação mais efetiva e cooperação em atividades, para entender semelhanças e negociar diferenças(ANDREWS et al, 2014).Nesta investigação, a interação social foi verificada a partir da proposta de jogos em grupos, e para os meninos, esta estratégia revelou um efeito favorável, visto que passaram mais tempo jogando e interagindo entre pares, e consequentemente, houve redução da vitimização.Embora neste estudo o sexo tenha sido explorado como um fator que pudesse potencializar o bullying, suas análises preliminares sugeriram que este aspecto não foi significante, e o que foi destacado referiu-se a importância de controlar os subtipos de vitimização física e de agressão, ao examinar as associações prospectivas únicas entre rejeição de pares e vitimização relacional(ANDREWS et al, 2014).A associação entre vitimização relacional, definida por atos que prejudicam o relacionamento entre pares, como excluir de atividades, disseminar fofocas ou mentiras, difamação, comentários maldosos e críticos, e a rejeição por pares é preocupante por contribuir para o aumento da vulnerabilidade das crianças e para as experiências negativas, mesmo entre crianças muito pequenas(GODLESKI et al, 2015;NAVARRO et al, 2019). A rejeição por pares desempenha um papel importante na previsão de aumento na vitimização relacional, mesmo quando há controle da vitimização física(GODLESKI et al, 2015).…”