RESUMOEste estudo teve como objetivo verificar as aspirações profissionais de jovens brasileiros, caracterizando o interesse por seguir carreira científica. Houve a participação de 2.404 estudantes (55,1% meninas) matriculados no 1º ano do Ensino Médio de 78 escolas das cinco regiões brasileiras. Quanto à faixa etária dos jovens, houve maior frequência de estudantes com 15 anos de idade (47,4%). As coletas de dados foram através de questionários e as análises foram realizadas com auxílio do Software Statistical Package for Social Science (SPSS) -versão 18.0. Os resultados apontam que as afinidades profissionais dos jovens foram influenciadas pelas variáveis, sexo e região do país onde o estudante reside. A maioria dos estudantes tem interesse por atividades de gerenciamento de negócios, os demais se dividem em grupos interessados por atividades que envolvam pesquisa, conhecimento e maior relação com pessoas, animais e meio ambiente, e também há grupos mais motivados por atividades associadas às habilidades manuais de construção e conserto de objetos e atividades esportivas. Há poucos estudantes interessados pela carreira científica, o que parece resultado do baixo conhecimento sobre as funções e atividades da profissão e também por percepções de que se trata de uma carreira com pouco espaço no mercado de trabalho.
PALAVRAS-CHAVE:Ciência; Cientista; Ensino Médio; Futuro Profissional.
INTRODUÇÃONas últimas décadas, pesquisadores em educação em ciências têm empenhado esforços para entender as relações dos estudantes com a ciência. Quando se fala em atitudes em relação à ciência refere-se a uma variedade de relações que envolvem a forma como os alunos visualizam as informações e as atividades científicas, as quais, presume-se, eles sustentem suas escolhas em participar ou não de atividades de ciência no presente e no futuro (AINLEY; AINLEY, 2011). Todavia, para entender os valores atribuídos à ciência pelos indivíduos, é necessário conhecer os principais fatores