Zoneamento de Risco de Incêndios Florestais em Áreas Naturais Protegidas: o Parque Nacional de São Joaquim/SC, Brasil

Abstract

Incêndios em unidades de conservação impactam o meio ambiente, com consequências danosas para a biodiversidade, sendo uma das principais preocupações para os seus gestores. Esses eventos podem ser prevenidos com o emprego de técnicas de Geoprocessamento e dados espaciais referentes aos temas: presença humana, cobertura e uso da terra, ventos predominantes, declividade, orientação de encostas e material combustível. Calculando-se pesos diferentes, considerando-se o tipo e a influência das variáveis mencionadas, nós criamos um mapa de zoneamento de risco de incêndio florestal para o Parque Nacional de São Joaquim, em Santa Catarina, Brasil. O Parque está inserido no bioma Mata Atlântica e os seus tipos de vegetação são: Mata de Araucárias e de Encostas, Matinhas Nebulares e Campos de Altitude. Para o seu mapa de zoneamento, foram definidas seis classes de risco de incêndios (extremo, muito alto, alto, moderado, baixo e nulo). Concluiu-se que 43,91% do Parque está nas classes de risco alto e muito alto, e que 2,54% estão em nível extremo. A variável que mais influenciou a definição das classes foi presença humana. Ainda que medidas de prevenção de incêndios ainda não tenham sido tomadas por falta de recursos com base no mapa de zoneamento proposto, entendemos que os gestores de UCs de características semelhantes ao PNSJ poderiam aplicar este método para identificar as suas áreas críticas, sobretudo para fins de ocorrência de incêndios florestais.

Uso e Cobertura do Solo após Eventos de Queimadas no Município de Floresta em Pernambuco

“…Dentre muitos dos seus usos, estes eventos são correntes no Brasil para a ampliação de território para pastagem, cultivo agrícola ou habitação e controle de pragas e doenças (Ponte et al, 2021;Rocha e Nascimento, 2021;Oliveira e Anunciação, 2022). Porém, de acordo com Farias et al (2022) e Fruehauf et al (2022), as condições de clima quente e seco favorecem e impulsionam tal ocorrência, podendo suscitar em incomensuráveis prejuízos à fauna e à flora. Em uma análise temporal da incidência das queimadas nas mesorregiões do Sertão e São Francisco Pernambucano, Gouveia et al (2021) destaca o município de Floresta como relevante, sobretudo no mês de novembro de 2019, por apresentar uma grande quantidade destes episódios.…”