Background The burden of CMV-associated sensorineural hearing loss (SNHL) in populations with CMV seroprevalence approaching 100% is unknown. The purpose of this study was to assess the rate, associated factors and predictors of SNHL in CMV-infected infants identified by newborn screening in a highly seropositive maternal population. Methods Newborns with positive saliva CMV-DNA and confirmed by virus isolation in the first two weeks of life were enrolled in a prospective follow-up study to monitor hearing outcome. Results Of 12,195 infants screened, 121 (1%) were CMV-infected and 12 (10%) had symptomatic infection at birth. Hearing function could be assessed in 102/121 children who underwent at least one ABR testing at a median age of 12 months. SNHL was observed in 10/102 (9.8%; 95%CI: 5.1–16.7) children. Median age at the latest hearing evaluation was 47 months (12 to 84 months). Profound loss (>90dB) was found in 4/5 children with bilateral SNHL while all 5 children with unilateral loss had moderate to severe deficit. The presence of symptomatic infection at birth (OR 38.1; 95%CI: 1.6– 916.7) was independently associated with SNHL after adjusting for IUGR, gestational age, gravidity and maternal age. Among 10 infants with SNHL, six (60%) were born to mothers with non-primary CMV infection. Conclusions Even in populations with near universal immunity to CMV, congenital CMV infection is a significant cause of SNHL demonstrating the importance of CMV as a major cause of SNHL in children worldwide. As in other populations, SNHL is more frequently observed in symptomatic CMV infection.
Background The exact contribution of congenital cytomegalovirus infection (cCMVI) to permanent hearing loss (HL) in highly seropositive populations is unknown. We determined the contribution of cCMVI to HL and estimated the effectiveness of newborn hearing screening (HS) in identifying neonates with CMV-related HL. Methods A total of 11 900 neonates born from a population with ≥97% maternal seroprevalence were screened for cCMVI and HL. cCMVI was confirmed by detection of CMV-DNA in saliva and urine at age <3 weeks. Results Overall, 68 (0.6%; 95% confidence interval [CI], 0.4–0.7) neonates were identified with cCMVI. Of the 91 (0.8%) newborns who failed the HS, 24 (26.4%) were confirmed with HL, including 7 (29.2%; 95% CI, 17.2–59.3) with cCMVI. Another newborn with cCMVI passed the HS but was confirmed with HL at age 21 days. Of the 62 neonates with cCMVI who underwent a complete hearing evaluation, 8 (12.9%; 95% CI, 6.7–23.4) had HL and most (7/8; 87.5%; 95% CI, 46.6–99.7) were identified by HS. The rate of CMV-related HL was 8 per 11 887 neonates (0.7 per 1000 live births). The prevalence ratio of HL among neonates with cCMVI compared to CMV-uninfected neonates was 89.5 (95% CI, 39.7–202.0). No late-onset cCMVI-related HL was detected during a median follow-up of 36 months. Conclusions cCMVI is an important cause of HL in childhood in all settings. Integrating targeted cCMVI screening among neonates who fail a HS could be a reasonable, cost-effective strategy to identify newborns with early-onset cCMVI-related HL.
OBJETIVO: comparar o desempenho na Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (ASPA) e no Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI), de crianças com alteração de Aprendizagem da Leitura e Escrita e sem este tipo de alteração. MÉTODOS: participaram da pesquisa 28 crianças na faixa etária de 8 a 12 anos, do sexo masculino e feminino. Os participantes foram submetidos ao Teste de Desempenho Escolar (TDE) para a categorização dos grupos de estudo e controle, e, para avaliação das habilidades auditivas foram aplicados a ASPA e o Teste PSI. RESULTADOS: não foi observada associação estatisticamente significante entre o desempenho nos testes de Processamento Auditivo (PA) e o grupo com dificuldades de aprendizagem, apesar de ter sido verificada maior frequência de alterações no grupo de estudo em relação ao grupo controle, em todos os testes. Na ASPA, o teste em que se observou maior número de alterações foi o Teste de Memória Sequencial Verbal, contudo, o Teste de Memória Sequencial Não-verbal foi o que mostrou maior diferença entre os grupos. CONCLUSÃO: Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes no desempenho na Avaliação Simplificada do Processamento Auditivo (ASPA) e no Pediatric Speech Intelligibility Test (PSI), das crianças com alteração de Aprendizagem da Leitura e Escrita e sem alteração.
RESUMO:A audição é importante na comunicação humana. Perda auditiva na criança pode acarretar distúrbios na aquisição da fala, linguagem e no desenvolvimento emocional, educacional e social.O diagnóstico precoce de deficiência auditiva permite a intervenção e o ideal é que ambos ocorram nos primeiros 6 meses de vida.A triagem auditiva neonatal universal é recomendada pois avalia todos os recém-nascidos e não apenas aqueles com indicadores de risco para perda auditiva.Embora existam testes comportamentais para a avaliação auditiva, os exames ideais são os objetivos, tais como as emissões otoacústicas e os (EOA) potenciais evocados auditivos de tronco cerebral, pois são exames eletrofisiológicos que não dependem da participação da criança, sendo úteis em recém-nascidos e crianças pequenas.As emissões otoacústicas avaliam a função coclear e o potencial auditivo evocado avalia a função auditiva até o tronco cerebral. Ambos são usados na triagem auditiva neonatal embora o registro das EOA seja o mais comum por ser de aplicação mais fácil e rápida.
Este trabalho tem como objetivo avaliar procedimento de intervenção fonoaudiol ógica, por meio da obtenção do índice de retornos de mães ou responsáveis ao programa de acompanhamento do desenvolvimento auditivo, de recém-nascidos de risco para deficiência auditiva, que apresentaram resultado negativo no exame de emissões otoacústicas, realizado antes de sua alta hospitalar, e do levantamento dos motivos pelos quais tais retornos não ocorreram. Foram estudados dois grupos de mães ou responsáveis por recém-nascidos de risco para deficiência auditiva: grupo experimental composto de mães ou responsáveis por recémnascidos internados no berçário de atendimento intermediário do Setor de Pediatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, de Ribeirão Preto e grupo-controle, cujas informações sobre mães ou responsáveis bem como sobre os recémnascidos foram obtidas de forma retrospectiva junto aos prontuários do Serviço de Arquivo Médico do referido hospital. Embora tendo sido observados altos índices de ausências ao programa de acompanhamento auditivo nos dois grupos, 43,3% para o experimental e 51,3% para o controle, houve diminuição de 15,6% para o grupo experimental em relação ao controle, sendo o esquecimento o relato mais freqüente para o motivo de ausência entre as mães faltosas, pertencentes ao grupo experimental (30,8% das respostas). O motivo, resultado negativo no exame de emissão otoacústica foi observado em apenas um (1,7%) dos relatos.Os resultados mostraram que a intervenção foi parcialmente efetiva, pois, embora havendo diminuição do índice de ausências no grupo experimental, este ainda se apresentou alto. Como conclusão, alertamos os profissionais que trabalham com recém-nascidos de risco para deficiência auditiva para estarem atentos com relação à audição. Mães ou responsáveis por bebês com problema auditivo devem ser muito bem orientados sobre a importância da audição e da detecção precoce da deficiência auditiva, o que contribuirá para a redução de mais graves comprometimentos futuros.
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