Este ensaio representa a síntese de uma comunicação apresentada na disciplina Seminário de Autor: José Saramago do Curso de Pós-Graduação do Curso de Letras (PPGLET) da UFRGS. Para a realização deste estudo, a fonte de inspiração foi a predestinação do povo português às navegações. O recorte apresentado focaliza dois dos principais aspectos da história e cultura portuguesas, desenvolvidas por Saramago no romance A Jangada de Pedra: a viagem em busca da identidade perdida no passado esplendoroso e a dessacralização do mito do descobridor português. N’A Jangada de Pedra, a Península Ibérica é desmembrada do Continente Europeu e vai navegando pelo oceano Atlântico, numa viagem à deriva, cuja imagem utópica simboliza a procura da identidade perdida de Portugal através do desprendimento alegórico da Península Ibérica do Continente Europeu.
Palavras-chave: identidade; mito; passado glorioso; viagem.
Este ensaio é o produto de uma comunicação realizada no seminário desenvolvido pelos alunos da disciplina O Romance Brasileiro, ministrada pela Profa. Dra. Gínia Maria Gomes, do Curso de Pós-Graduação em Letras (PPGLET), da UFRGS. Para a concretização deste trabalho, partimos das questões concernentes ao senso de alteridade e à temática da viagem, presentes no romance Mongólia, de Bernardo Carvalho. O recorte que apresentamos parte de uma breve retomada do tema da viagem no universo ficcional na literatura ocidental e culmina com os aspectos relacionados à alteridade e ao jogo de narradores presentes na obra citada. Os diferentes olhares desses narradores, propostos pelo escritor, revelam que, assim como as percepções e impressões são distintas, a verdade, desse modo, o é. Olhares e verdades são, portanto, relativos.
Palavras-chave: alteridade; choque cultural; narrador; viagem
Esta pesquisa, integrante do projeto Investigação sobre Práticas de Língua Portuguesa e Literatura na Educação Básica, pretende observar o aluno no seus papéis de escritor e de leitor, por meio de oficinas literárias de Escrita Criativa, de acordo com as diversas práticas apresentadas por Siqueira (2016). Para mobilizar outras possibilidades de escrita, será proposta uma atividade de produção de contos – narrativa breve, com poucos personagens e, geralmente, com apenas um conflito – para os alunos do 3° ano do ensino médio de uma escola pública federal. As produções dos alunos serão lidas em voz alta para a turma – dentro de uma proposta de leitura compartilhada, como apontado por Rouxel (2013) – e debatidas entre os colegas dentro de uma comunidade colaborativa – atividade inspirada nas elaborações de Antunes (2008) sobre o Ensino de Literatura. A partir das sugestões dos colegas, será proposta a reescrita dos contos levando em conta os apontamentos gerados e a discussão realizada. A pesquisa teve início em abril de 2021, então, por enquanto, ela apenas se mantém em seus aspectos teóricos pela impossibilidade da aplicação prática em sala de aula devido às restrições ocasionadas pela pandemia da COVID-19.
Este artigo contém um estudo sobre o Salão UFRGS Jovem, evento de divulgação científica destinado à apresentação de pesquisas elaboradas por estudantes de todas as etapas do ensino básico de escolas públicas e privadas da região metropolitana de Porto Alegre. O objetivo da investigação empreendida foi descrever e analisar as pesquisas selecionadas para apresentação nesse evento entre os anos de 2017 e 2019. A pesquisa de caráter quantitativo-qualitativo explorou, a partir de estudo de caso, dados referentes aos trabalhos aprovados nesse evento, no recorte temporal referido, por meio de análise documental. A coleta de dados das fontes documentais se deu pela busca de informações relativas à instituição que promove o Salão UFRGS Jovem em um site de acesso público. Os resultados obtidos indicam, entre outras conclusões, que: (a) 20,5% dos trabalhos aceitos foram oriundos de escolas públicas, contra 79,5% de escolas privadas; (b) das dez instituições com maior número de trabalhos selecionados, duas foram de escolas públicas (20%), uma da rede estadual e outra da rede federal, e oito foram de instituições privadas de ensino (80%); (c) houve mais trabalhos selecionados entre estudantes do ensino médio (39,9%) e das séries finais do ensino fundamental (38,5%); (d) houve distribuição desigual dos trabalhos entre as áreas do conhecimento, pois as Ciências da Natureza concentrou 50,9% dos trabalhos selecionados. Acredita-se que essas considerações possam fomentar significativas discussões e importantes reflexões a respeito desse relevante evento de iniciação científica destinado aos estudantes da escola básica, sobretudo nos aspectos concernentes aos resultados obtidos nesta análise.
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