Adotamos no presente artigo o Bem Viver andino como possibilidade de pensá-lo como Filosofia da Vida, situando-o no debate filosófico-educacional para, ensaisticamente, visualizar aportes a uma educação intercultural, capaz de reconhecer diferentes identidades, alteridades e racionalidades. O objetivo é refletir sobre possíveis aberturas e diálogos que podem contribuir com estudos e projetos educacionais que estão instaurando perspectivas críticas de educação e interculturalidade, de modo a descentrar concepções, discursos e práticas etnocêntricas, cognitivistas e monoculturais que reproduzem alienação e acriticidade, negando as dimensões da corporeidade, da espiritualidade e da inventividade das gerações contemporâneas. Utilizamos a hermenêutica filosófica, crítica, portanto, como referencial de nossa reflexão e diálogo com autores que oferecem subsídios teórico-metodológicos que sustentam o debate do intercultural na educação, como Paulo Freire, Vera Maria Candau e Reinaldo Fleuri, dentre outros. Concluímos que, embora o pensamento hegemônico perdure na cultura escolar, a abertura ao intercultural no pensamento filosófico-educacional tem se tornado inevitável, aumentando o desafio e, ao mesmo tempo, a riqueza contida nas diferentes perspectivas culturais e epistemológicas de educação.Palavras-chave: Bem Viver; Filosofia de Vida; Educação; Interculturalidade.
Este trabalho, a partir da normalização da Ciências da Religião na Educação Escolar, por meio da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) e as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de licenciatura em Ciências da Religião (DCNLCR), no contexto do Componente Curricular de Ensino Religioso (CCER) e da Didática do Ensino Religioso, discute sobre a fundamentação epistemológica do conteúdo no processo de ensino-aprendizagem desse componente curricular. Seu objetivo é examinar as principais dificuldades que os professores acentuam para desenvolver essa fundamentação teórica, com base nos saberes da Ciências da Religião. Sua metodologia é suportada por uma Pesquisa Social Aplicada, através de entrevistas abertas realizadas com 14 docentes do CCER, em João Pessoa, Paraíba, Brasil. Discute as análises das respostas dos professores associadas a temas relativos as dificuldades por eles frisadas. Infere-se ao observar que a formação docente necessita reconhecer o lugar da Didática do Ensino Religioso para ensinar ao professor a como suportar epistemologicamente, sobre a Ciências da Religião, os conteúdos do processo de ensino-aprendizagem do CCER, ao considerar a BNCC.
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