I 97Espaço escolar, homossexualidades e homofobia Resumo: Esta discussão problematiza como o discurso dos docentes, em relação às homossexualidades, compõe o espaço escolar. Nossa fonte de reflexão refere-se aos resultados de entrevistas com 13 docentes de diferentes disciplinas que atuam ou que atuaram no Ensino Médio de instituições de ensino público na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Evidencia-se que a homofobia é um elemento constituinte do espaço escolar, a partir de formas diretas, indiretas ou subliminares e que os docentes não estão preparados para as discussões em relação às sexualidades e à homofobia na sala de aula. Assim, a análise geográfica desta espacialidade pode produzir elementos à elaboração de políticas públicas direcionadas à diversidade sexual na escola.
O presente texto tem por objetivo compreender como as vivências de travestis e pessoas transexuais compõem territórios nas Instituições de Ensino Superior do município de Ponta Grossa, Paraná. Para tanto, foram realizadas 4 entrevistas com pessoas que se identificam enquanto travestis e transexuais (mulheres e homens) que vivenciam / vivenciaram as Instituições de Ensino Superior (públicas e privadas, ambas presenciais) da referida cidade. Os resultados evidenciam que o nome social se constitui como o pilar para a construção da identidade travesti e da identidade transexual, mas que, ao serem reconhecidas suas identidades dissidentes, estas pessoas são privadas de usufruir livremente seus territórios acadêmicos, delimitando-se assim aquilo que podemos chamar de insiders e outsiders. Desta forma, esta relação insiders/outsiders não é fixa, sendo que estas pessoas necessitam estabelecer estratégias e dispositivos para a expressão de seus corpos e de suas vivências nas Instituições de Ensino Superior.
A presente pesquisa tem por objetivo compreender como discentes do curso de especialização em Ensino de Biologia, modalidade a distância, discutem a temática de gênero e sexualidades em sua prática docente. Para tanto, foi realizada a aplicação de questionário via Google Docs a discentes matriculados nos 8 polos que ofertam o referido curso de especialização pelo período de 18 a 25 de maio de 2019. Partimos da premissa de que a escola se constitui enquanto heteronormativa e LGBTfóbica. Além disso, o discurso biológico se configura como um regulador de práticas humanas. Desta forma, docentes da disciplina de biologia possuem um importante papel na desconstrução de práticas com enfoque no determinismo biológico para a compreensão de gênero e sexualidades, bem como no combate a preconceitos e discriminações. Os resultados evidenciam que, em sua maioria, os docentes discutem tranquilamente as temáticas, tornando-se mobilizadores neste processo de abertura para tais abordagens em âmbito educacional, mesmo com a falta de preparo e omissão por parte de outros docentes e da equipe pedagógica. Por fim, a maioria dos participantes concordam com a importância dos temas em âmbito escolar, utilizando das mais variadas metodologias e estratégias para a promoção do respeito e ao enfrentamento da LGBTfobia.
The main goal of this article is to evidence the Brazilian scientific production from the published researches in the Thesis Catalog of dissertations from CAPES, about transvestites and transsexuals. Therefore, in a universe of more than a million academic researches published until April 2019, it is evidenced a total of only 573 papers related to the theme, representing 0,05 of the total productions. Even with the verified increase of the publishes from the year 2008, these numbers still not represent the little representativity of the research area, pointing to the marginalization of these studies, in the scientific Brazilian production scenario. However, in this article, we evidence the emergency of other themes, such as body, transphobia, health, gender studies, indicating that the perspective if the diseases have been undermined towards the resistance perspective, while the reflections around the promotion of the citizenship of these people have won emphasis in the researches.
Este texto analisa as vivências espaciais de homens transexuais residentes na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Nossa fonte de reflexão referese aos resultados de quatro entrevistas realizadas com homens trans que vivenciam ou vivenciaram os espaços educacionais de nível superior. Estas entrevistas apontam para um processo de identificação não linear enquanto homem trans, e que as relações acerca da adoção do nome social são distintas, pois sua utilização pelos sujeitos iniciase em diferentes contextos temporais e espaciais. Por fim, a transfobia perpassa todos os níveis educacionais, mas é através do espaço escolar que esta ação se apresenta de forma mais intensa, o que torna necessária a criação de estratégias para a própria permanência nestas espacialidades desde a tenra idade.
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