Resumo: As temáticas relacionadas ao gênero e à sexualidade têm sido objeto de interesse da Geogra� a em vários países, a partir da existência tanto de disciplinas nos cursos de graduação como de um conjunto de publicações bem conhecidas dos geó-grafos humanos. Entretanto, no Brasil essas discussões não têm ganhado a importância necessária, mostrando-se desde a pequena publicação geográ� ca em periódicos, de eventos organizados privilegiando tal temática e o reduzido número de geógrafos com linhas ou projetos de pesquisa que tenham por objetivo compreender as temáticas de gênero e sexualidade a partir da sua espacialidade. O etnocentrismo tem prevalecido nestas compreensões, e em larga medida, não tem sido desa� ado por geógrafos não anglófonos. Defendemos a idéia de que os estudos de gênero e sexualidade são uma interessante possibilidade geográ� ca, que pode nos ajudar na compreensão das nossas especi� cidades, nos abrindo para um novo mundo, complexo e diverso.Palavras-Chave: Geogra� a Feminista. Gênero. Sexualidade. Geogra� a Brasileira.
Abstract:The themes related to gender and sexuality have been the object of interest of Geography in various countries, from the existence of disciplines in graduate programs as a set of well-known publications of human geographers. However, in Brazil these discussions have not won the necessary importance and is from a small geographical publication in periodicals, organized events focusing this issue and the limited number of lines or research projects that have the objective to understand the issues of gender and sexuality from their spatiality. The ethnocentrism has prevailed in these understandings, and largely has not been challenged by non-anglophone geographers. We support the idea that the study of gender and sexuality are an interesting geographic scope, which can help us in our understanding of the speci� cs in opening a new world, complex and diverse.
I 97Espaço escolar, homossexualidades e homofobia Resumo: Esta discussão problematiza como o discurso dos docentes, em relação às homossexualidades, compõe o espaço escolar. Nossa fonte de reflexão refere-se aos resultados de entrevistas com 13 docentes de diferentes disciplinas que atuam ou que atuaram no Ensino Médio de instituições de ensino público na cidade de Ponta Grossa, Paraná. Evidencia-se que a homofobia é um elemento constituinte do espaço escolar, a partir de formas diretas, indiretas ou subliminares e que os docentes não estão preparados para as discussões em relação às sexualidades e à homofobia na sala de aula. Assim, a análise geográfica desta espacialidade pode produzir elementos à elaboração de políticas públicas direcionadas à diversidade sexual na escola.
Resumo: O espaço geográÀ co é resultado de inter-relações, constituído através de interações que possibilita a existência da multiplicidade. Por ser um produto social múltiplo, este pode ser analisado a partir de inúmeros recortes grupais e escalas espaço-temporais. É sob este prisma que este texto discute a possibilidade de pensarmos a atividade comercial -sexual de um grupo especíÀ co, a luz de sua espacialidade distinta, o território. Tal pesquisa foca um grupo social que mediante táticas de conquistas espaciais ultrapassam as categorias de masculino e feminino. Desta forma, utilizamos uma abordagem da relação sujeito -território, problematizando as ações espaciais realizadas por este grupo focal e a dinâmica entre o território da prostituição e a travesti, contribuindo assim, com a produção da GeograÀ a da Sexualidade.
Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 3, n. 1, p. 54-73, jan. / jul. 2012. Espaços Interditos e a Constituição das Identidades Travestis através da Prostituição no Sul do Brasil Marcio J ose Ornat
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