O controle de insetos fitófagos como o pulgão da couve Brevicoryne brassicae (Linnaeus, 1758) (Insecta: Hemiptera: Aphididae) geralmente é realizado com inseticidas químicos, que pode causar danos ao ambiente e à saúde humana, bem como selecionar insetos resistentes a pesticidas. Dessa forma estabelece-se a necessidade de pesquisar e desenvolver métodos alternativos de controle para o pulgão da couve. Nesse sentido, a utilização de extratos vegetais pode ser uma alternativa ao uso de inseticidas sintéticos, visto que os extratos vegetais são comprovadamente um meio promissor no controle de insetos pragas. Diante do exposto objetivou-se com este trabalho avaliar a toxicidade de extratos vegetais da jurema-preta Mimosa tenuiflora e do marmeleiro Croton sonderianus sobre Brevicoryne brassicae. O experimento foi desenvolvido no Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias (CCHSA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Campus III, no Município de Bananeiras, Estado da Paraíba, Nordeste do Brasil. Foram utilizados 400 espécimes de B. brassicae e duas espécies vegetais, na forma de extratos vegetais etanólico, que foram testados em cinco concentrações (0%, 25%, 50%, 75% e 100%). O ensaio experimental foi conduzido em Delineamento Inteiramente Casualizado com esquema fatorial 2x5. Foi avaliada a mortalidade de B. brassicae 24 h após a aplicação dos extratos. Foi possível verificar a atividade biológica dos dois extratos testados, tendo em vista que ambos causaram mortalidade ao inseto alvo, com maior destaque para o extrato de M. tenuiflora. Todas as concentrações testadas apresentaram toxicidade sobre B. brassicae. Concluindo-se então que os extratos das espécies vegetais da Caatinga, aqui testadas, apresentam toxicidade sobre B. brassicae e, possivelmente, podem ser utilizados como método de controle alternativo desse inseto.
A presença de fungos fitopatogênicos na agricultura afeta a produtividade e ocasiona perdas econômicas significativas. O controle desses microrganismos é comumente realizado através de agentes químicos, porém, mesmo diante de sua eficiência, esses produtos são considerados contaminantes do solo, ar, água, podendo também comprometer a saúde de manipuladores. Com isso, se estabelece a demanda pelo desenvolvimento de alternativas sustentáveis de controle desses agentes biológicos. Neste cenário, as plantas e seus metabólitos secundários surgem como uma alternativa proeminente em função de seu potencial fungitóxico. A partir desse pressuposto objetivou-se avaliar o rendimento e a potencial toxicidade de extratos vegetais hidroetanólicos sobre fungos fitopatogênicos in vitro. Para realização da pesquisa o fungo fitopatogênico Cladosporium sp. foi coletado de plantas de quiabo (Abelmoschus esculentus). O estabelecimento da cultura fúngica e posterior isolamento, identificação e teste de inibição deram-se no Laboratório de Microbiologia do Centro de Ciências Humanas Sociais e Agrárias (CCHSA), da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A obtenção dos extratos vegetais hidroetanólicos do bulbo de alho (Allium sativum), da raiz do gengibre (Zingiber officinale) e o fruto da pimenta do reino (Piper nigrum) ocorreu na Clínica Fitossanitária do CCHSA-UFPB, através do método de maceração utilizando-se como solvente etanol 70%. O teste de inibição foi organizado em Delineamento Inteiramente Casualizado com esquema fatorial 4x3, sendo o Fator 1 os três extratos vegetais testados: A. sativum, Z. officinale, P. nigrum e o controle (BDA) e o Fator 2 as três concentrações: 5%, 10% e 15% em água purificada. Para o teste de inibição os extratos vegetais foram adicionados, nas diferentes concentrações, ao meio BDA e após plaqueamento e resfriamento inoculou-se uma suspensão 100 uL, no centro da placa, contendo 1x10^2 esporos de Cladosporium sp./mL, possibilitando a exposição direta do fungo aos extratos. A avaliação foi realizada a partir da avaliação do diâmetro das colônias fúngicas estabelecidas. Foram calculados o índice de crescimento micelial (IMC) e a porcentagem de inibição micelial (PIC). Os rendimentos obtidos a partir da produção dos extratos vegetais hidroetanólicos de A. sativum, Z. officinale e P. nigrum foram, respectivamente, de 48,27%, 36,83% e 47,42%, destacando-se o extrato vegetal de A. sativum com o maior rendimento. Todos os extratos vegetais apresentaram toxicidade sobre Cladosporium sp. O extrato de A. sativum também se destacou, apresentando o menor ICM, 5,56, na concentração de 10%, e de 3,20, na concentração de 15%, e os maiores PIC, 86,65% e 94,82%, nas concentrações de 10% e 15%, respectivamente, apresentando-se como extrato com maior toxicidade para Cladosporium sp. quando comparado com os demais. Os extratos vegetais podem ser considerados uma alternativa em potencial para o controle de fungos fitopatogênicos como o Cladosporium sp.
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