O estudo visa traçar um panorama das causas da evasão na educação a distância, discutindo os (contra)pontos e jogando luzes ao problema. Embora existam muitos estudos e discursos afinados sobre as causas da evasão, percebemos um distanciamento por parte das instituições formadoras em relação aos problemas da evasão, o que gera uma diminuição ou isenção de responsabilidades, tendo em vista a tendência em atribuir suas causas a dimensões psicológicas do estudante ou a (in)comunicabilidade entre os sujeitos participantes ou ainda às (des)continuidades ordenadas normativamente. O esforço dessa pesquisa consiste em dar visibilidade ao conjunto de dissertações e teses produzidas sobre a evasão na EaD. Trata-se de mapear na Biblioteca Digital Brasileira de Teses e Dissertações estas produções com os descritores Evasão EaD, por meio de uma busca avançada, considerando o período de publicação de 2007 a 2017. Acerca dessa temática, obtivemos setenta e dois resultados, dos quais fizeram parte do corpus investigativo de produção de dados sessenta e oito trabalhos. Compreende-se que apesar da EaD ser avaliada como um modelo de gestão propício às demandas sociais ela recebe forte influência de interesses de mercado, o que exige reavaliações constantes para um processo efetivo de (re)construção de conhecimentos e metodologias, contribuindo, também, para a diminuição dos índices da evasão (tensão inclusão/exclusão) na EaD. O estudo pontuou vários fatores comuns à evasão, apresentando contrapontos, no sentido de utilizar meios tradicionais de forma virtualizada, e propostas de melhoria nos processos via EaD, considerando os limites de estudar a distância, a necessidade de não confundir flexibilidade com facilidade para avaliação dos estudantes.
RESUMO: O ensaio discute sobre as possibilidades e os entraves das tecnologias digitais para as aprendizagens sociais, que se convertem em paradoxos por meio da aventura por novidades, dispersões, contradições e exclusões. As tecnologias têm dimensões políticas do mundo mercantil, em padrões de produtividade e competitividade, e, portanto, são ambíguas em relação aos processos formativos, causando apatia e insensibilidade ao invés de mobilização ao (re)conhecer. O trabalho desenvolve um estudo hermenêutico das relações existentes nesses processos de mudanças digitais, convidando para indagações e trazendo ressonâncias na cultura educativa. Se, por um lado, as tecnologias saíram do monopólio de especialistas e passaram a integrar de modo flexível e aberto o mundo social contemporâneo, através da noção de instrumentos capazes de pôr em movimento operações complexas e múltiplas conversações, por outro, experimentamos continuamente ambivalências em seu uso e dificuldades na renovação dos sentidos que envolvem essas linguagens, gerando o obscurecimento das tecnologias e dos interesses socioculturais. Concluiu-se que há uma necessidade de reconstruir, em uma perspectiva hermenêutica, os potenciais colaborativos das diferentes interfaces das tecnologias digitais na educação para prevenir práticas de exclusão, desumanização ou alienação tecnocientífica, que atinge a maioria dos marginalizados social e economicamente. PALAVRAS-CHAVE:Aprendizagem social. Inclusão tecnológica. Tecnologias digitais. RESUMEN:El ensayo discute sobre las posibilidades y los obstáculos de las tecnologías digitales para los aprendizajes sociales, que se convierten en paradojas por medio de la aventura por novedades, dispersiones, contradicciones y exclusiones. Las tecnologías tienen dimensiones políticas del mundo mercantil, en patrones de productividad y competitividad, y, por lo tanto, son ambiguas en relación a los procesos formativos, causando apatía e insensibilidad en lugar de movilización al (re) conocer. El trabajo desarrolla un estudio hermenéutico de las relaciones existentes en esos procesos de cambios digitales, invitando a
Em tempos de abertura e democratização do consumo de produtos, serviços e informações pela internet, a obra A pós-verdade é verdadeira ou falsa?, de Lucia Santaella, nos chama a atenção para os desafios da era da pós-verdade, dando visibilidade a três novas palavras – bolhas, notícias falsas e pós-verdade. A autora discute a complexidade da explosão digital que afeta todas as dimensões humanas e relações de interesses políticos e mercadológicos, apresentando um trabalho dividido em seis capítulos, abordando tais metamorfoses e tendências superficiais em suas inter-relações pessoais, culturais e sociais. A autora discute à luz da questão da pós-verdade que a educação é a melhor barreira de proteção das bolhas, falsificações de notícias e para outras formas de ignorância em ação, porque busca em seus princípios culturais a veracidade dos fatos e conhecimentos. A obra contribui com o alerta aos sujeitos à cega disseminação de preconceitos e violências, para que os processos educativos sirvam ao discernimento crítico e para orientar as escolhas por meio de diferentes leituras do pessoal e do coletivo, em diálogo abertos com as tradições democráticas.
Resumo O trabalho discute a pluralidade de abordagens extraídas de teses na área de tecnologias na educação, que refletem um panorama de discursos sobre a legitimação da educação a distância (EaD). Trata-se de um trabalho de abordagem hermenêutica, com o objetivo de compreender e dialogar com as problemáticas que constituem o foco das investigações no campo da EaD, em teses defendidas no período de 2012 a 2015. Diante da diversidade de discursos mapeados, reconhecemos nas interlocuções com as teses que ainda há muitos desafios às abordagens formativas da EaD, que revelam ambiguidades nos estudos dessa modalidade de ensino. Algumas teses apontam para uma tendência operacional da EaD ancorada em métodos tradicionais destituídos de criticidade e voltados para o mercado, enquanto outras apostam nas aproximações culturais e nos métodos dialógicos que essa modalidade de ensino provoca na práxis socioeducacional.
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