Os policultivos agroecológicos beneficiam a pedofauna e melhoram a qualidade do solo, atuando na ciclagem de nutrientes e decomposição de matéria orgânica. Assim, têm-se como hipótese que os policultivos promovem um ambiente propício a pedofauna assemelhando-se à mata nativa. Objetivou-se avaliar composição, frequência, abundância e diversidade de grupos que compõem a meso e macrofauna edáfica em sistemas de policultivos agroecológicos, utilizando área de sistema de vegetação natural como comparativo. Foram instaladas sete armadilhas do tipo pitfall em quatro áreas de policultivos de diferentes anos e em uma de vegetação nativa de caatinga em Choró-CE. Os organismos coletados foram, separados, quantificados e classificados em grandes grupos taxonômicos e em grupos funcionais. Foram calculados frequência, abundância e índices ecológicos. Os valores de abundância e riqueza permaneceram semelhantes em todas as áreas e nos dois períodos sazonais, sendo que no período chuvoso os policultivos favoreceram a diversidade e uniformidade da pedofauna, sendo semelhantes ou melhores que a condição de vegetação nativa, enquanto no período seco, a área de vegetação nativa demonstrou uma maior diversidade, e uniformidade em comparação às áreas de policultivo, devido à presença de cobertura nativa do solo. Palavras-chave: pedofauna, semiárido, biologia do solo.