No abstract

A dissecção traumática da artéria vertebral tem uma incidência de 1,1 a 1,5 para cada 10.000 habitantes. Apesar de ser considerada uma doença rara, esse tipo de lesão pode estar associado a traumas de baixo impacto ou mecanismos de trauma pouco valorizados. Muitos pacientes apresentam-se com poucos sintomas ou mesmo assintomáticos, o que dificulta sobremaneira o diagnóstico e, portanto, o devido tratamento dessa condição. Apesar de oligossintomática, a dissecção da artéria vertebral pode cursar com áreas de isquemia na região da fossa posterior do cérebro, lesão que se não for reconhecida pode levar à morte. Apresentamos o caso de um paciente jovem, que após uma queda durante a prática de surfe foi atendido no serviço de emergência, internado com quadro de lesões isquêmicas recentes em áreas da circulação posterior e durante investigação evidenciou-se dissecção da artéria vertebral esquerda.