Objetivou-se, com este trabalho, descrever os achados clínicos e as características do fluido ruminal em pequenos ruminantes acometidos com acidose láctica, atendidos na Clínica de Bovinos, Campus Garanhuns da UFRPE, no período de 2000 a 2006. Foram diagnosticados 38 casos, dos quais 34 em ovinos e 4 em caprinos. A maioria dos animais era mantida em manejo intensivo e tiveram acesso súbito a uma fonte de carboidrato de fácil digestão. Os achados clínicos mais freqüentes foram apatia (47,0%), desidratação grave (45,0%), taquicardia (79,0%), taquipnéia (68,0%), anorexia (53,0%), abdome abaulado com seqüestro de líquido intra-ruminal (78,0%), timpania (66,0%), diminuição dos movimentos ruminais em freqüência e amplitude (48,0%) e fezes diarréicas (16,0%). No exame do fluído ruminal as características de acidose foram evidentes verificando-se cor leitosa (76,0%), odor ácido (57,0%), pH abaixo de cinco (38,0%), PRAM > 10 min (67,0%) e comprometimento da microbiota (57,0%). Do total de caprinos e ovinos acometidos, doze não responderam ao tratamento e vieram a óbito. Tais achados reiteram a importância do conhecimento da acidose láctica ruminal na exploração dessas espécies, de modo a facilitar a adoção de medidas preventivas e de controle. Palavras-chave: pequenos ruminantes, distúrbio digestivo, fluído ruminal Retrospective study of ruminal lactic acidosis in goats and sheep assisted at the Clinica de Bovinos, Campus Garanhuns/UFRPE
Utilizaram-se 12 ovinos distribuídos nos grupos controle (GC) e no salinomicina (GS) com objetivo de estudar alterações clínicas, hematológicas e bioquímicas nos ovinos suplementados com o ionóforo e avaliar seu efeito na prevenção da acidose ruminal experimental. Induziu-se acidose ruminal com sacarose e as variáveis foram analisadas 4h, 8h, 12h, 16h, 24h, 32h e 48h pós-indução (PI). Determinaram-se as enzimas AST, GGT, FA, CK, as proteínas totais séricas (PT), albumina, ureia, creatinina, hemograma, proteína plasmática total (PPT), fibrinogênio (FP), glicose e L-lactato. Manifestações clínicas de acidose láctica ruminal e os menores valores de pH foram observadas 8h PI, com (P<0,05) no GS comparado ao momento 0h. Os neutrófilos apresentaram maiores contagens (P<0,05) no GC 4h PI comparado ao GS. O FP alcançou maiores valores (P<0,05) no GC 48h PI comparado ao GS. A uréia diminuiu (P<0,05) em ambos os grupos 12h PI. A glicose aumentou (P<0,05) no GC comparado ao momento 0h. Houve queda (P<0,05) do pH urinário no momento 12h até 48h PI, em relação ao momento 0h no GC, enquanto no GS apenas os momentos 12h e 16h PI apresentaram diminuição (P<0,05). A salinomicina não preveniu a acidose; no entanto, favoreceu o restabelecimento dos animais tratados.
Este trabalho teve por objetivo estabelecer padrões de normalidade para as características do fluído ruminal de ovinos da raça Santa Inês criados sob regime extensivo de pastagem no município de Garanhuns, Agreste Meridional de Pernambuco. Foram coletadas amostras de 50 animais, por meio de sonda esofágica, nos períodos de inverno (estação chuvosa) e verão (estação seca). As cores do fluído predominantes foram a verde oliva, no período chuvoso, e a castanha, no período seco. O odor aromático foi observado em todas as amostras, estando mais pronunciado no inverno. A consistência levemente viscosa predominou em ambas as estações, com maior freqüência desta no inverno. O tempo de sedimentação e flotação foi de 6,73min (±1,63) na estação chuvosa e 3,15min (±0.72) na estação seca. Nas provas bioquímicas os valores médios encontrados para o inverno e verão, respectivamente, foram: pH, 6,76±0,21 e 6,59±0,14; redução do azul de metileno, 3,20 min (±0,76) e 7,76min (±3.00); teor de cloretos, 28,14±4,16mEq/L e 24,97±5,65mEq/L; acidez total titulável, 21,90±4,38UC e 13,68±2.97UC. Observou-se densidade abundante (+++) de protozoários no inverno e moderada (++) no verão. A motilidade dos protozoários foi bastante ativa (+++) e havia aproximadamente 90% deles vivos em ambos os períodos experimentais. A contagem de protozoários no inverno foi de 425.373±217.258/mL e 155.375± 83.113/mL no verão. As bactérias Gram-negativas predominaram em ambas as estações.
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