Os objetivos foram descrever e analisar concepções e conhecimento sobre amamentação de profissionais de nível superior que atuam na atenção básica à saúde de São Carlos-SP. Estudo descritivo e exploratório, cujos dados foram obtidos por entrevista semi-estruturada com 54 profissionais. Foi utilizado o método qualitativo de análise temática para apreensão das concepções. Os conhecimentos dos profissionais foram analisados por freqüência simples no programa Epi-Info. As concepções permearam quatro temáticas: amamentação é saúde para a criança; amamentação é vínculo entre mãe e filho; amamentação é um ato de baixo custo; as ações voltadas à amamentação na atenção básica precisam avançar. O percentual médio de acerto nas questões de conhecimento entre as categorias foi: enfermeiras, 92,2%; médicos pediatras, 88.1%; médicos de família, 86,7% e médicos ginecologistas e obstetras, 63,6%. O maior percentual de acerto foi sobre o uso de chupetas. Os erros mais freqüentes foram quanto à duração e freqüência das mamadas. As concepções estão voltadas aos benefícios que a amamentação proporciona para a saúde da criança e aos aspectos afetivos e sociais positivos. Enfermeiras e médicos pediatras demonstraram melhor desempenho no teste de conhecimento.
Para ampliar a compreensão sobre o aleitamento materno é preciso considerar que esta prática é influenciada por diversos fatores, entre eles as pessoas da família. O objetivo deste estudo foi compreender o que mulheres de diferentes gerações aprendem e ensinam sobre a prática de amamentar e os cuidados com o bebê. Trata-se de pesquisa qualitativa da qual participaram oito mulheres de um bairro de classe econômica baixa. Para a coleta de dados utilizamos a entrevista semiestruturada. A análise dos dados baseou-se nos pressupostos da análise hermenêutica-dialética. Os processos educativos presentes no diálogo entre as mulheres mostram que as avós são pessoas de referência na família, possuem diversos saberes sobre a prática da amamentação e os cuidados com o bebê, transmitindo-os para suas filhas e noras. Ao desenvolver ações de promoção, proteção e apoio ao aleitamento materno, profissionais de saúde precisam reconhecer e valorizar os saberes que as mulheres trazem da convivência em família, estabelecendo uma relação dialógica que permita a reflexão e ampliação destes saberes.
O objetivo deste estudo foi descrever e analisar processos educativos envolvidos no desenvolvimento e implementação de propostas educativas elaboradas por crianças do Ensino Fundamental para a promoção da amamentação na comunidade escolar. Trata-se de um estudo descritivo com análise qualitativa dos dados. Participaram 38 crianças de uma escola pública de São Carlos-SP. Os resultados mostraram que as crianças possuem conhecimentos, atitudes e mitos sobre a prática da amamentação oriundos da observação e da convivência com a família e pessoas das comunidades às quais pertencem. Elas tiveram criatividade e responsabilidade na proposição e confecção de jogos, brincadeiras, modelos anatômicos e músicas para promover a amamentação na comunidade escolar, incentivando crianças, professores/as e funcionários à participação nas atividades propostas. Conclui-se que a promoção da amamentação por crianças do Ensino Fundamental contribui para a formação de conhecimentos, atitudes positivas e uma cultura favorável frente à prática de amamentar.
Resumo O objetivo desta investigação foi conhecer as percepções e formas de cuidar de cuidadoras comunitárias de crianças menores de três anos. Trata-se de um estudo exploratório-descritivo com análise qualitativa dos dados. A definição dos sujeitos do estudo foi realizada por meio de mapeamento de possíveis cuidadores comunitários de crianças menores de três anos de idade. Para coleta dos dados, foi utilizada entrevista semiestruturada, com 18 cuidadoras comunitárias, em suas residências. Foi realizada análise categorial temática dos dados, por meio da qual foram identificadas duas categorias: o cuidado na perspectiva do cuidador e formas de cuidar. A primeira categoria evidenciou que o cuidado de crianças menores de três anos é uma tarefa que exige responsabilidade e comprometimento. A segunda categoria mostrou que as cuidadoras priorizam a alimentação, higiene e segurança da criança e consideram o brincar importante para estimular a aprendizagem e a socialização da criança. Este estudo mostrou a necessidade de se propiciar mais espaços de diálogo entre mães, pais, outros familiares, cuidadoras comunitárias e profissionais que lidam com a infância, com o intuito de se ampliar os conhecimentos sobre o cuidado infantil. Palavras-chave processos educativos; cuidadoras comunitárias de crianças; cuidado da criança.Abstract The aim of this study was to understand the views and approaches community caregivers use to provide care to children aged fewer than three years. This is an exploratory, descriptive study with qualitative data analysis. Study subjects were defined by mapping possible community caregivers assisting children under three years old. Semi structured interviews were conducted among 18 community caregivers, in their homes. A thematic categorial data analysis was performed, which allowed two categories to be identified: care from the caregiver's viewpoint and ways of caring. The first category showed that caring for children aged fewer than three years is a task that requires responsibility and commitment. The second category showed that caregivers prioritize the children's nutrition, hygiene and safety, and that they consider playing important to drive the kids' learning and socialization process. This study showed the need to provide more opportunities for dialog among mothers, fathers, other family members, caregivers, and community professionals who deal with childhood with the aim to increase knowledge about child care.
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