TEMA: os distúrbios miofuncionais orofaciais dos indivíduos que apresentam desproporções maxilomandibulares podem estar relacionados à condição muscular orofacial e às diferentes funções por elas realizadas. PROCEDIMENTOS: a paciente realizou um exame radiográfico de videofluoroscopia no qual se observou quantas deglutições foram necessárias para total limpeza das valéculas e qual foi a posição da língua após a deglutição de saliva. O exame foi realizado com bário líquido e pão de queijo. RESULTADOS: na avaliação pré-operatória, foi encontrada a língua posicionada no soalho da cavidade oral; mastigação com movimento compensatório de língua, com amassamento do alimento pela língua, contra o palato; deglutição com projeção anterior de língua, diminuição da elevação de dorso de língua; elevação de palato mole e laringe adequada; diminuição de ejeção oral para líquido e função de clearance faríngeo completa para líquidos e sólidos. No exame pós-operatório, foi observada a posição habitual de língua em soalho da boca; mastigação com movimento compensatório de língua, com amassamento do alimento pela língua, contra o palato; elevação de palato mole e laringe adequada, ejeção oral satisfatória para líquido e função de clearance faríngeo completo para líquidos e sólidos. CONCLUSÃO: foi observado padrão adaptativo funcional em mastigação e deglutição mantido, mesmo após a cirurgia corretiva para a adequação da deformidade dentofacial, apesar da melhora da força de ejeção oral.
OBJETIVO: descrever a abordagem fonoaudiológica no pós-operatório de pacientes que realizaram correção cirúrgica da hipertrofia do músculo masseter. METODOLOGIA: foram coletados dados referentes à avaliação e ao tratamento fonoaudiológico de 4 prontuários de sujeitos de ambos os gêneros, com faixa etária entre 16 e 24 anos, com hipertrofia benigna do músculo masseter, tratados cirurgicamente. RESULTADOS: as principais queixas pós-cirúrgicas estiveram relacionadas à limitação da abertura da boca, à dor na região da cirurgia, à rigidez muscular e a estalo em região da ATM. A terapia fonoaudiológica baseou-se em orientação quanto à retirada de hábitos deletérios; termoterapia na região do músculo masseter; manipulação da musculatura envolvida extra e intrabucais; alongamento da musculatura facial e cervical; alavanca de abertura forçada de boca e exercícios de órgãos fonoarticulatórios. CONCLUSÕES: a terapia fonoaudiológica apresenta-se como uma possibilidade de complementação ao tratamento cirúrgico, na adequação da amplitude dos movimentos mandibulares, assim como na eliminação dos sintomas presentes no pós-cirúrgico e na conscientização dos hábitos deletérios, que são apontados pela literatura como possíveis fatores desencadeantes.
RESUMOObjetivo: descrever a evolução de crianças respiradoras orais, submetidas à terapia miofuncional orofacial com ênfase no trabalho de fortalecimento da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e treino da respiração nasal. Métodos: participaram da pesquisa seis crianças, com idades entre 5 e 11 anos, que haviam realizado triagem no Setor de Terapia Fonoaudiológica da Irmandade Santa Casa de Misericórdia de São Paulo, durante o ano de 2007, que apresentavam respiração oral ou oronasal e sintomas e sinais característicos desta alteração, e não haviam realizado tratamento fonoaudiológico prévio. Os pacientes foram submetidos a 10 sessões de terapia miofuncional orofacial, enfocando o fortalecimento da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e treino da respiração nasal. Após as sessões, foi realizada reavaliação e a evolução dos pacientes foi comparada qualitativamente. Resultados: quatro (66,66%) dos indivíduos apresentavam diagnóstico de obstrução nasal. Destes, três realizaram cirurgia prévia ao tratamento. Dois (33,33%) apresentavam diagnóstico de rinite alérgica e estavam em tratamento na época das sessões. Todos apresentaram melhora satisfatória quanto aos aspectos trabalhados. Três (50%) apresentavam deformidades dentofaciais e apresentaram evolução, porém limitada pela condição dentária. Todos os indivíduos apresentaram melhora no padrão de vedamento labial e possibilidade de respiração nasal. Conclusão: dez sessões de terapia miofuncional, com ênfase no fortalecimento da musculatura dos órgãos fonoarticulatórios e treino da respiração nasal foram suficientes para a obtenção da melhora dos pacientes. O pequeno número de sujeitos da amostra não nos permite generalizar a conclusão para outros. Sugere-se a realização de novos estudos, com maior população e diferentes faixas etárias. DESCRITORES: Conflito de interesses: inexistenteQuando há algum impedimento para que a respiração nasal possa se realizar, tem-se a respiração oral. A respiração oral pode ser viciosa, ou seja, o indivíduo respira pela boca apesar de apresentar capacidade anatomofisiológica para respirar pelo nariz, ou orgânica, quando existem alterações orgâ-nicas obstruindo a passagem de ar 3 . Independente da etiologia, a respiração pode ser afetada causando múltiplas alterações, com maior ou menor grau, em função do tempo de evolução do processo obstrutivo 4 . A respiração de modo nasal possibilita o crescimento e desenvolvimento facial de maneira adequada, por meio da ação correta da musculatura. Nos casos de respiração oral, esta estimulação pode ocorrer de modo inadequado, influenciando negativamente o crescimento e o desenvolvimento do esqueleto craniofacial, principalmente nos aspectos de forma do maxilar, da mandíbula e da altura facial [5][6][7][8] . INTRODUÇÃOA função respiratória deve ocorrer por via nasal. O nariz, além de ser um condutor passivo pelo qual o ar é captado da atmosfera, é um órgão altamente especializado, capaz de realizar três importantes funções respiratórias: umidificação, aquecimento do ar inspirado e prot...
OBJETIVO: correlacionar os diferentes tipos de má oclusões dentais com as medidas de lateralidade e protrusão mandibular e amplitude de abertura bucal de indivíduos adultos normais. MÉTODOS: neste estudo participaram 127 militares do sexo masculino que serviam no 21º Depósito de Suprimento do Exército Brasileiro em São Paulo, no ano de 2005, com idades entre 18 e 32 anos. Do total de militares, 47 (39,16%) foram excluídos. Desse modo, a amostra final foi de 80 indivíduos os quais foram divididos em grupo controle (31 - 38,75%) e grupo experimental (49 - 61,25%). Na avaliação, foi realizada uma breve anamnese e inspeção oral, com posterior medição dos movimentos mandibulares de abertura bucal, protrusão e lateralidade para direita e para esquerda. RESULTADOS: 69,38% de indivíduos portadores da má oclusão Classe I de Angle; 16,32% de Classe II-1; 6,12% de Classe II-2; 8,16% de Classe III. A medida de abertura de boca, relacionada com os tipos de má oclusão, não foi estatisticamente significante, apesar de terem sido obtidas as maiores medidas nos indivíduos portadores de Classe III. Já nas medidas de protrusão e lateralidade mandibular existiu uma diferença estatisticamente significante nos grupos de uma maneira em geral. 40,42% dos indivíduos apresentavam ausência de algum dente molar. CONCLUSãO: não houve relação entre a medida de abertura de boca com a presença de má oclusões. Entretanto, houve relação entre as medidas de protrusão e de lateralidade mandibular para a direita e para a esquerda com má oclusões.
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