Este artigo aborda o tema publicações que circulam nas grandes cidades do Brasil, com matérias e pautas voltadas para o público feminino, com foco na revista Marie Claire. O objetivo deste trabalho foi interrogar como a Marie Claire, publicação voltada ao público feminino na contemporaneidade, tem trabalhado, em suas matérias, as demandas feministas. Para tanto, adotou-se, para análise da referida publicação na internet, a metodologia da pesquisa documental através da análise de conteúdo. No primeiro capítulo, analisa-se o assédio sexual em ambientes corporativos. No segundo capítulo, enfatiza-se as repercussões das ondas feministas na revista Marie Claire, destacando-se o perfil estreito (e excludente) de “mulher urbana” e “moderna” visado pela revista. Como resultados, concluímos que a revista Marie Claire parece entender parcialmente as demandas feministas, e a defesa da equidade de gênero é trabalhada paralelamente à discussão de desafios e problemáticas associadas à “mulher moderna” ainda às voltas com vários níveis de machismo. Apesar dos artifícios argumentativos utilizados pela publicação, ainda reproduzem alguns estereótipos de gênero, reforçados, ainda, pela segmentação de público proposta pela publicação, que elegeu como leitoras, mulheres das classes A e B, refletindo ideologicamente as demandas desta parcela da sociedade.
scite is a Brooklyn-based organization that helps researchers better discover and understand research articles through Smart Citations–citations that display the context of the citation and describe whether the article provides supporting or contrasting evidence. scite is used by students and researchers from around the world and is funded in part by the National Science Foundation and the National Institute on Drug Abuse of the National Institutes of Health.