O objetivo do estudo é analisar as propriedades psicométricas do Inventário de Burnout para Árbitros (BIR) oferecendo evidências de validade do instrumento por meio da análise de sua estrutura interna, estimando indicadores de confiabilidade e comparar o escore total de Burnout em árbitros centrais e árbitros assistentes. Participaram 284 árbitros de futebol de seis Estados brasileiros. A idade média foi 31,3 anos(±6,1), sendo 255 do sexo masculino (89,7 %) e tempo de experiência na arbitragem médio 6,9 anos (±5,5 anos). O BIR consiste em um questionário de 9 itens, dispostos em uma escala likert de 7 pontos. O resultado da análise fatorial exploratória apontou para a presença de um fator que explicou 53,1% da variância dos dados. O ajuste do modelo Comparative Fit Index = 0,923 (IC de 95% 0,883-0,950) e Non-Normed Fit Index = 0,897 (IC de 95% 0,844- 0,933), indicam adequação do modelo de um fator único. Não houve diferença de burnout entre árbitros assistentes e centrais. O instrumento apresentou índice de confiabilidade ômega de McDonald = 0,823. Conclui-se que o BIR apresenta estrutura fatorial centrada na dimensão exaustão física e emocional, diferente do seu modelo inicialmente proposto, e de outros estudos realizados anteriormente com o instrumento.
Resumo Árbitros de futebol parecem sofrer o impacto do estresse em sua atuação, especialmente em situações definidoras de seu sucesso profissional, como a Avaliação Física FIFA, que determina a aptidão física para atuação em campeonatos estaduais e nacionais. Estratégias de coping determinam a percepção de situações estressoras, e consequentemente, a forma de enfrentamento das mesmas. Este estudo teve por objetivo avaliar o impacto do teste físico FIFA nos níveis de estresse e coping de árbitros de futebol atuantes em campeonatos estaduais e nacionais (Federação Mineira de Futebol – FMF e Confederação Brasileira de Futebol – CBF, respectivamente). Responderam a Escala de Estresse Percebido, que avalia estresse negativo (distress) e coping, 42 árbitros da FMF e 17 da CBF, antes e após o teste físico FIFA. Na avaliação pré-teste, verificou-se que os árbitros da CBF apresentaram histórico de mais testes físicos, treinos por semana, anos de experiência, além de escores mais altos em coping (p<0,05). Quando controladas as diferenças iniciais, árbitros CBF e FMF não diferiram significativamente em coping e distress no pós-teste físico. Diante da confirmação parcial das hipóteses, sugere-se a condução de novas pesquisas na área que incluam a avaliação do tipo de estratégia de coping utilizado e características de personalidade dos árbitros.
Fabrício da Silva Corrêa Enfermeiro da superintendência de vigilância em saúde do Amapá no centro de referência em saúde do trabalhador (CEREST) Mestrando em Ciências da Saúde pela Universidade federal do Amapá
Os cursos de graduação da saúde exigem empenho e dedicação dos acadêmicos para absorver o conteúdo formal proposto exigido ao longo do curso. Na pandemia da COVID-19, conciliar a adaptação das atividades acadêmicas realizadas na modalidade remota com as atividades físicas, de lazer e interações sociais tornou-se difícil. Nesse cenário, a resiliência é um recurso que facilita o enfrentamento de agentes estressores e se relaciona com a salutogênese. A salutogênese assim como a resiliência busca o fator gerador de saúde das pessoas, ou seja, pessoas que permanecem bem e conseguem administrar sua vida apesar das adversidades. Investigar o nível de resiliência e o senso de coerência (salutogênese) dos acadêmicos da área da saúde do primeiro ao sexto ano no período da pandemia da COVID-19. Trata-se de uma pesquisa transversal, exploratória, de análise quantitativa e descritiva. Foram coletadas informações sobre os impactos da pandemia, dados sociodemográficos, nível de resiliência por meio da Escala de Resiliência (RS-14) e Escala de Senso de Coerência (SOC-13). O questionário foi disponibilizado aos acadêmicos da saúde pelas redes sociais digitais WhatsApp, Facebook, Instagram e e-mail no período entre 16 de abril a 31 de agosto de 2021. A relação entre as pontuações das duas escalas foi positiva, quanto maior a pontuação do SOC-13, maior a pontuação da RS-14. O teste de correlação de Spearman apresentou evidências de correlação significativa entre as escalas ao nível de 5% de significância. Conclui-se que para os acadêmicos da saúde houve correlação positiva entre os resultados dos instrumentos RS-14 e SOC-13, evidenciando de forma quantitativa que os conceitos de resiliência e senso de coerência estão relacionados.
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