No abstract
The present study takes an integrated approach of grammatical elements and structures from the perspective of their functioning in texts/discourses. It focusses the semantic-pragmatic and argumentative-discursive values of utterances represented by the conceptual scheme Yes... But..., in academic writing, in particular master’s theses and reports. Its object are discursive sequences with a composite argumentative movement comprising concession and contrast /counter-argumentation. From a wide universe of works, made up of final reports from FLUP Master’s students, from the years 2020-2022, five works were selected in which the discursive sequences in focus frequently occur. The set of clipped sequences constituted the corpus of this study. After the theoretical framework, an exploratory analysis of qualitative and interpretative nature was carried out, based on procedures such as: the segmentation of utterances with movements of concession and contrast, starting from the identification of linguistic elements related to the conceptual scheme Yes..., But...; the categorization and description of these segments, taking into account syntactic-semantic and pragmatic-discursive dimensions; the comparison of the values displayed by the sequences of the different categories; the explanation of the occurrences in the academic genre in question; the articulation of the linguistic elements with the enunciative, interactional and contextual dimensions of discourse production. The results show that contrastive constructions, such as adversative and concessive, acquire, in discourse, very similar semantic-pragmatic and discursive-argumentative functions, serving to mark mitigated discordant polyphony and a confrontational strategy that combines agreement (even if partial) with disagreement, a strategy that proves to be particularly appropriate in the discursive genre under analysis. They also demonstrate that this movement is present in academic works with higher classifications, in the final assessment of the course, working as evidence of the author’s capacity for problematization and critical, divergent thinking. In this way, it may come to function as a specific marker to improve the academic writing competence.
A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DA MULHER EM REVISTAS DO ESTADO NOVO Resumo Com vista a compreender o papel da imprensa periódica durante a ditadura do Estado Novo no recorte e na defesa de uma identidade da mulher portuguesa, no presente estudo analisa-se, numa perspetiva linguístico-discursiva, a representação da mulher num corpus de «Página(s) Feminina(s)» e rubricas de autoria feminina nas revistas Mundo Gráfico, A Esfera e Portugal Colonial. Como revistas do regime, as publicações promoviam um Portugal e uma mulher idealizados. A presença e participação da Mulher na imprensa cingia-se prototipicamente a rubricas de entretenimento e/ou aconselhamento, difusoras da propaganda do Estado e alheadas do cenário sociopolítico de então, em que, por ausência, está implícita essa segregação.
A crise dos migrantes e refugiados na Europa do século XXI originou novas divergências no velho continente que colocam desafios difíceis à construção da identidade europeia. Classificada já como a maior crise migratória e humanitária do pós-guerra, a realidade dos migrantes e refugiados revelou uma Europa incapaz de responder ao problema com uma solução conjunta. Para além do aspeto humanitário, muitas vezes de contornos dramáticos explorados pelos média, o fenómeno é também motivo de fricções entre as instituições e os Estados-membro da União Europeia, ameaçando tornar-se o gatilho de uma crise política e de um novo equilíbrio de forças entre os Estados. Dada a centralidade que ganhou, a crise dos refugiados pode também ser perspetivada do ponto de vista do aproveitamento político por parte de diferentes fações, que dela extraem dividendos importantes para a sua própria territorialização. Discursos europeístas, de tolerância e aceitação, baseados nos ideais solidários do projeto europeu, coexistem com discursos extremistas, de tendência xenófoba e anti-integração. Na presente reflexão, analisamos a forma como o discurso político eleitoralista, do género textual manifesto político, codifica argumentativamente a questão dos refugiados, focalizando, para esse efeito, quatro dos manifestos eleitorais dos candidatos às eleições presidenciais portuguesas de 2016. A partir da caracterização do género seguindo a proposta de Adam (2001, pp. 40-41) das componentes semântica, composicional/estrutural, enunciativa, pragmática, estilística e fraseológica, metatextual, peritextual e material, confirmamos que existe, simultaneamente, unidade e diversidade nos exemplares analisados. Por um lado, uma unidade que permite reconhecer nos diferentes textos manifestações de um mesmo género; por outro lado, uma diversidade que traduz/produz efeitos na construção do ethos e nas estratégias discursivas e políticas de cada candidato. O tratamento da crise dos refugiados é justamente um dos temas cujo tratamento diverge substancialmente de manifesto para manifesto, revelando estratégias discursivas e políticas específicas.
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