Resumo OBJETIVO Avaliar os fatores associados ao estilo de vida de estudantes do ensino médio de escolas públicas. MÉTODO Estudo transversal e analítico, realizado em Montes Claros, Minas Gerais. Participaram 819 estudantes do ensino médio de escolas públicas estaduais, em 2016/2017. Utilizou-se um questionário que contemplava variáveis sociodemográficas, escolares, autopercepção da qualidade de vida, sintomas depressivos, adicção em Internet e estilo de vida. Utilizou-se Razão de Chances, mediante a Regressão Logística. RESULTADOS Entre os participantes, 92,2% possuíam estilo de vida desejável, com escore médio de 70,75 pontos (±11,60). Na análise múltipla, permaneceram associadas ao estilo de vida as variáveis autopercepção da qualidade de vida (p=0,005), sintomas depressivos (p<0,001) e adicção em Internet (p=0,007). CONCLUSÃO A melhoria da qualidade de vida, apoio emocional e educação quanto ao uso adequado da Internet devem ser abordados pelo enfermeiro nas ações de promoção da saúde no ambiente escolar.
CONTEXTO: Os sintomas depressivos podem se manifestar em diferentes faixas etárias. Todavia, entre os adolescentes estudantes, a frequência é elevada e tal problema pode acarretar em diversas repercussões o adolescente. OBJETIVO: Esta pesquisa teve por objetivo determinar a prevalência de sintomas depressivos entre adolescentes escolares de um município do Norte de Minas Gerais (MG) -Brasil. MÉTODOS: Trata-se de um estudo epidemiológico de base escolar, com delineamento transversal, analítico e de abordagem quantitativa. A população foi composta por adolescentes do ensino médio de escolas públicas estaduais. Foram aplicados questionário estruturado e Inventário de Depressão de Beck. As variáveis foram descritas por meio de frequência absoluta e percentual. Foram aferidas associação entre as variáveis e os sintomas depressivos, utilizando-se o Teste do qui-quadrado (nível de significância p≤0,05). RESULTADOS: Entre os 819 participantes, 166 (20,2%) foram classificados como portadores de sintomas depressivos. Constataram-se associações desses sintomas com sexo feminino (p=0,001), faixa etária de 18 ou mais anos (p=0,023) e estudar em turno noturno (p=0,034). CONCLUSÃO: Houve considerável prevalência de sintomas depressivos entre adolescentes, com situação preocupante entre aqueles do sexo feminino, que estudam à noite e possuem 18 ou mais anos. São imperiosas providências para identificação precoce desses sintomas, estratégias preventivas e de promoção da saúde.
RESUMO Objetivo Estimar a prevalência e analisar os fatores associados à ideação suicida em estudantes de ensino médio e superior. Métodos Estudo epidemiológico, transversal, analítico, realizado em Montes Claros, MG, Brasil. Para a coleta de dados, aplicou-se um questionário contendo questões relativas às características sociodemográficas, escolares, ocupacionais e de estilo de vida, e às condições socioafetivas e psíquicas. Investigou-se a ideação suicida por meio de um item do Inventário de Depressão de Beck. Na análise de dados, efetuou-se estatística descritiva das variáveis e a Regressão Logística hierarquizada para avaliar os fatores associados à ideação suicida. Resultados Constatou-se prevalência de ideação suicida de 11,6% entre estudantes do ensino médio e de 9,8% no ensino superior. No ensino médio, os fatores associados foram: sexo feminino (RO: 2,14; IC 95%: 1,39-3,27), uso de drogas (RO: 3,25; IC 95%: 1,40-7,52), consumo de álcool (RO: 2,50; IC 95%: 1,54-4,04), sentimento de raiva e hostilidade (RO: 1,73; IC 95%: 1,05-2,87) e síndrome de burnout (RO: 2,27; IC 95%: 1,31-3,95). No ensino superior, identificaram-se os fatores: ausência de companheiro (RO: 2,19; IC 95%: 1,68-4,14), turno de estudo noturno (RO: 0,51; IC 95%: 0,36-0,72), consumo de tabaco (RO: 1,74; IC 95%: 1,05-2,91), ausência de pensamento otimista (RO: 2,66; IC 95%: 1,75-4,03), adicção em internet (RO: 1,64; IC 95%: 1,08-2,50) e alto hábito de checagem corporal (RO: 1,69; IC 95%: 1,15-2,50). Sono prejudicado (RO: 1,62; IC 95%: 1,02-2,59; RO: 1,62; IC 95%: 1,05-2,51), interação dialogada prejudicada (RO: 3,04; IC 95%: 1,93-4,82; RO: 2,66; IC 95%: 1,81-3,92), sentimento de desapontamento e tensão (RO: 4,80; IC 95%: 2,97-7,77; RO: 4,02; IC 95%: 2,69-6,02) foram fatores associados nos dois grupos, respectivamente. Conclusão Houve importante prevalência de ideação suicida, associada a fatores sociodemográficos, do estilo de vida, socioafetivos e psíquicos.
Resumo: O objetivo foi avaliar as propriedades psicométricas da versão traduzida para o português do Internet Addiction Test (IAT) em estudantes. Estudo metodológico, cuja população foi constituída por estudantes dos ensinos Médio e Superior de Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Foram avaliadas sensibilidade psicométrica, validade de construto (fatorial, convergente, discriminante e teste de hipótese), validade de critério (concorrente) e confiabilidade (consistência interna e reprodutibilidade). Participaram 2.519 estudantes, sendo 29,6% do Ensino Médio. Foi ajustado um modelo de medida trifatorial - “preocupação emocional e cognitiva com a Internet”, “problemas de gerenciamento de tempo” e “problemas de desempenho” -, o qual obteve índices satisfatórios de adequação e estrutura estável nas subamostras independentes. A validade convergente foi próxima ao recomendado (variância extraída média = 0,32, 0,41 e 0,45 e valores de confiabilidade composta iguais 0,84, 0,81 e 0,71); as validades discriminante e concorrente foram adequadas. Foram igualmente adequadas a consistência interna (alfa = 0,906) e a reprodutibilidade (kappa = 0,73 e coeficiente de correlação intraclasse = 0,90). A versão traduzida para o português do IAT apresentou níveis satisfatórios de validade, confiabilidade e estabilidade em amostras independentes de estudantes.
OBJETIVO: Investigar as inter-relações entre fatores sociodemográficos, comportamentais e clínicos associados à elevação da pressão arterial em adultos. MÉTODOS: Utilizaram-se dados de um estudo transversal de base populacional. Foi desenvolvido um modelo hipotético em que condição socioeconômica, consumo de frutas e vegetais, adiposidade e pressão arterial foram tratadas como variáveis latentes, e idade, sexo, glicemia, atividade física, tabagismo, consumo de álcool e controle da hipertensão arterial (HA) foram tratadas como variáveis observadas. Utilizou-se a modelagem de equação estrutural para ajustar o modelo final. RESULTADOS: Participaram do estudo 808 indivíduos, com idade média de 44,2 anos (DP = 17,8), sendo 52,7% do sexo feminino. Verificou-se que a idade exerceu efeito positivo sobre pressão arterial (β = 0,39), adiposidade (β = 0,44), g licemia (β = 0,26) e tabagismo (β = 0,30), e efeito negativo sobre atividade física (β = -0,17) e consumo de álcool (β = -0,09). O sexo masculino mostrou-se associado positivamente com a pressão arterial (β = 0,13), com o tabagismo (β = 0,28) e com o consumo de bebida alcoólica (β = 0,18). A adiposidade teve efeito positivo sobre a pressão arterial (β = 0,23) e a glicemia (β = 0,16), o consumo de álcool produziu efeito positivo sobre a adiposidade (β = 0,09), o consumo de frutas e vegetais exerceu efeito negativo sobre a pressão arterial (β = -0,11), e a condição socioeconômica teve efeito positivo sobre o consumo de frutas e vegetais (β = 0,47). O modelo estrutural foi ajustado pela variável controle médico da hipertensão, que apresentou efeito negativo sobre a pressão arterial (β = -0,10). CONCLUSÕES: Os resultados sugerem que o aumento da idade se associa ao aumento da pressão arterial, adiposidade, glicemia e tabagismo, assim como com a redução da atividade física e consumo de álcool. O sexo masculino associou-se com aumento da pressão arterial e maior uso de bebida alcoólica e cigarros. A adiposidade correlaciona-se ao aumento da pressão arterial e da glicemia, enquanto maior consumo de álcool associa-se com aumento da adiposidade e maior consumo de frutas e vegetais, assim como o controle ativo da hipertensão, correlaciona-se com redução da pressão arterial. A melhor condição socioeconômica mostrouse associada com maior consumo de frutas e vegetais.
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