O semiárido compreende dinâmica singular representada pela capacidade adaptativa da vegetação e prestação de serviços ecossistêmicos (SE) que, direto e indiretamente, proporciona bem-estar à humanidade. Nesse contexto, o objetivo foi identificar a prestação dos serviços ecossistêmicos na paisagem semiárida da Bacia do Riacho São José em Pernambuco de acordo com as diferentes classes de cobertura da Terra. A metodologia está baseada nas orientações técnicas da Classificação Internacional Comum de Serviços de Ecossistemas, trabalho de campo, sistemas de informações geográficas e plataforma RAW Graphs. Tais procedimentos permitiram identificar 51 SE, dos quais 22 são de provimento, 19 com função de regulação e manutenção e 10 de natureza cultural. Assim, a identificação dos SE na bacia compreende indicadores que devem nortear o planejamento ambiental e a gestão sustentável das Terras.
Devido à carência em dados sobre os répteis da Caatinga, tem crescido estudos acerca desses animais. Motivado pela ausência e necessidade de complementação de informações sobre a herpetofauna do Bioma Caatinga e do Estado de Pernambuco, esse estudo visa a fazer o inventário das espécies de répteis no Vale do Riacho São José, em Caetés, Agreste Meridional do Estado de Pernambuco. Para execução deste estudo foram realizadas buscas ativas no período de setembro de 2012 a janeiro de 2016, para a visualização e registro fotográfico das espécies de répteis existentes na Bacia Hidrográfica do Riacho São José. Foi observado um total de 55 espécies de répteis, divididas em duas ordens, 18 famílias e 39 gêneros. A Família Dipsadidae foi a mais abundante entre os ofídios (62,9%), entre os lacertílios, a família mais abundante foi Gekkonidae, com 24% do total. Philodrias nattereri Steindachner, 1870, Tropidurus hispidus (Spix, 1825) e Kynosternon scorpioides (Linnaeus, 1766) figuraram as espécies mais abundantes de Ophidia, Lacertilia e Testudines, respectivamente. Pesquisa e métodos mais criteriosos são necessários para conhecer melhor a fauna de répteis, possibilitando assim a elaboração de planos de manejo e a consequente conservação da biodiversidade local.
A educação intercultural enquanto via de ação política é urgente no sentido de mudança da prática de ensino da história indígena tende a re-descobrir, tirar da invisibilidade, realocar na história as várias etnias e maneiras de ser índio no Brasil, e o apagamento desses povos no nordeste brasileiro. Esse clamor iniciaria por uma revisão, onde o resgatar desses povos esquecidos da história venha redimir a própria historiografia do papel que teve em negligencia-los. Este trabalho se propôs a realizar uma etnografia do ensino da temática indígena nas escolas do município de Capoeiras/PE, a partir da percepção de docentes e discentes. Para partir daí, intervir através da Pesquisa Ação em atividades no viés intercultural, com isso realocar os índios no que diz respeito ao ensino da história. Pela importância do estudo sobre os povos originários, a presente pesquisa visa contribuir com o diálogo entre antropologia e educação, para que de fato possamos pensar o ensino como ferramenta de mobilização no que diz respeito aos direitos étnicos. E que a sala de aula seja um ambiente mediador de valorização e reconhecimento dos direitos das etnias existentes, principalmente em contexto local e sua importância na formação cultural da sociedade. Com isso, pensar a educação como mediadora de atores e mudanças sociais, um espaço onde o reconhecimento e as mobilizações das comunidades tradicionais possam ganhar força e reconhecimento. O diálogo respaldada na reflexão da Lei 11.645/2008, tendo em vista que a história indígena tratada no âmbito escolar ainda está carregada de preconceitos e estereótipos, tal justificativa se faz
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