This paper seeks to deal with the advance of Covid-19 in indigenous territories in Brazil, whether urban or rural. To do so, we have gone through a general analysis of the Brazilian government's indigenous policies, comparing bulletins and data from the Special Secretariat of Indigenous Health—Secretaria Especial de Saúde Indígena, an agency linked to the Ministry of Health, as well as data from the Articulation of Indigenous Peoples of Brazil, the main Brazilian indigenous political movement. Furthermore, we systematize strategies that have been developed and executed by some indigenous peoples in Brazil, undertaken by an exploratory analysis of manifestations of indigenous leaders on the internet, along with actions in the legal sphere, as well as, actions in the indigenous territory. Finally, the monoepistemic character of public policies on the issue is problematized.
Resumo O texto descreve e analisa algumas políticas de inclusão e permanência, efetivadas na UFG – Universidade Federal de Goiás, para coletivos culturalmente diferenciados. A partir da comparação entre duas delas, o programa UFGInclui e a criação do Núcleo Takinahakỹ de Formação Superior Indígena (NTFSI), busca-se refletir sobre ambiguidades, potencialidades e transformações observadas na universidade. Aventa-se a hipótese de que a agência de pessoas e coletivos é fundamental no processo de democratização universitária. E, fundamentalmente, que a universidade necessita de transformações estruturais para a concreta efetivação da inclusão e permanência.
Este texto busca explorar um aspecto pouco estudado do universo religioso e político presente nas vidas de populações indígenas do alto sertão alagoano, e, especialmente, trata do povo Kalankó. Para isso, por meio de dados etnográficos que se estendem de 2001 a 2012, apresenta o potencial de agenciamento dos encantados, entidades espirituais relacionadas aos antepassados que atuam concretamente na região, promovendo transformações, como, por exemplo uma retomada territorial. Deste modo, o texto apoia-se na noção de cosmopolítica de Isabelle Stengers e Marisol de La Cadena, que buscam pensar no agenciamento de entidades sobre humanas e na, consequente, potencialidade política presente nestes grupos e agenciamentos. O objetivo do texto, por fim, é o de refletir acerca de uma cosmopolítica indígena e sertaneja, baseada na agência encantada e, assim, questionar políticas indigenistas formuladas para a região, baseadas apenas em categorias modernas, de outra matriz epistemológica, como religião e política, ligadas ao Estado moderno. Deste modo, busca-se problematizar a política indigenista brasileira no sertão nordestino.
O objetivo deste texto é ressaltar a importância do tratamento do sofrimento psíquico em discentes pertencentes a populações indígenas em suas trajetórias acadêmicas na Universidade Federal de Goiás (UFG). Para tanto, foram realizadas análises a partir da experiência vivenciada por parte dos estudantes indígenas no curso de Educação Intercultural e nos demais cursos de graduação e pós-graduação da UFG. Na última década, tais contingentes populacionais têm acessado cada vez mais a academia, onde antes eram apenas excluídos. Desta forma, para que suas trajetórias acadêmicas, importantes para eles, suas comunidades, a universidade e o país, concluam-se com bem- estar e saúde, torna-se fundamental explorar todos os aspectos das políticas de permanência na universidade, como o sofrimento psíquico. Tendo em vista as abordagens presentes nos referenciais teóricos e metodológicos do grupo modernidade/colonialidade/decolonialidade, a hipótese presente em nosso estudo é de que há uma relação direta entre o sofrimento psíquico e a violência epistêmica.
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