O cognitivismo ortodoxo enxerga a biologia e a bioevolução como fenômenos totalmente desprezíveis e irrelevantes em relação ao mecanicismo e o determinismo funcionalista que utiliza como premissa e ferramenta lógica para tentar compreender a realidade biológica. Nosso objetivo nesse artigo é chamar a atenção para o fato de que não há nenhum indício confiável que possa embasar este tipo de visão mecanicista. Como poderia a parte equivaler ao todo, o conteúdo ao continente, um resíduo da operação vital à própria operação? Em suma, o problema mente-cérebro que o cognitivismo cria para si – como pretendemos demonstrar – é na verdade um falso problema.
A falácia lúdica das três leis: Ensaio sobre inteligência artificial, sociedade e o difícil problema da consciência The playful fallacy of the three laws: Essay on artificial intelligence, society and the difficult problem of conscienceLa lúdica falacia de las tres leyes: ensayo sobre inteligencia artificial, sociedad y el difícil problema de la conciencia
ResumoMuito se tem ouvido falar na atualidade de inteligências artificiais (IA) e máquinas inteligentes, mas muito pouco sobre os limites da computação que fazem ou não possíveis essas mesmas simulações de inteligências em sistemas artificiais. Se por um lado avançaram muito os suportes técnicos computacionais, o que vale dizer, os hardwares -que de fato ficaram mais rápidos, menores e mais potentes-, por outro, pouco ou nada avançaram as técnicas de engenharia dos programas que fazem funcionar estes mesmos suportes técnicos computacionais, ou seja, os softwares, bem como as teorias conceituais que subjazem a eles, estruturando-os, que têm sua origem e gênese. O objetivo desse artigo é tentar aclarar os possíveis equívocos propalados pelas mídias de massa, e, em última instância, pelos próprios cientistas e entusiastas das IA, a saber: o fato de anunciar-se 'aos quatro ventos' a eminência do surgimento de sistemas cibernéticoinformacionais realmente inteligentes, pretensamente vivos, conscientes de si mesmos e também do mundo que os cerca, algo que, definitivamente, não encontra eco na realidade factual, nem muito menos ainda nos limites atuais da computação. Palavras-chaveInteligências artificiais (IA); limites da computação; crítica da tecnologia. AbstractMuch has been heard in the present of artificial intelligences (IA) and intelligent machines, but very little about the limits of computing that make or not possible these same simulations of intelligences in artificial systems. If on the one hand advanced computational technical support, Paakat: Revista de Tecnología y Sociedad Año 8, núm. 15, septiembre 2018-febrero 2019, e-ISSN: 2007-3607 Paakat: Revista de Tecnología y Sociedad Año 8, núm. 15, septiembre 2018-febrero 2019, e-ISSN: 2007-3607 distribuídos, jogos Arthur-Merlin e provas interativas, nosso tratamento da Teoria da Computação no nível de graduação não mudou. Os princípios matemáticos continuam a enquadrar a computação como baseada em funções e a delimitar nossa noção de problema computacional.
Resumo Uma das maiores dificuldades dos engenheiros e projetistas de sistemas dotados com Inteligências Artificiais (IA) é replicar a faculdade-propriedade da consciência, pois a mente consciente só parece possível em seres biológicos. Nesse artigo, investigaremos como acontece a consciência no mundo biológico, quais as condições necessárias para sua manifestação, correlacionando-a (consciência), enquanto fenômeno genuinamente biológico, com a dificuldade de instanciar inteligências conscientes e intencionais em sistemas cibernético-informacionais complexos e artificiais, o que vale dizer, inorgânicos e não-biológicos. Mais especificamente, referimo-nos a tentar fazê-lo-como defende o cognitivismo ortodoxo e a própria IA forte-em computadores, androides e robôs, por meio de arranjos de IA. Vale destacar que esse problema da consciência se vê intimamente relacionado com problemas que já discutimos em trabalhos anteriores (Inteligências artificiais e o problema da intencionalidade; Inteligências artificiais e os limites da computação), no sentido de que, apenas um sistema ou ser biológico vivo pode ser capaz de possuir essa característica chamada consciência. Palavras-Chave Consciência; inteligência; inteligências artificiais; dinâmica cerebral; mente; crítica da tecnologia.
Seria possível – indagamos – que um sistema cibernético-informacional – um computador, androide ou robô – viesse a possuir autoconsciência, ou seja, que experimentasse consciência do mundo ao seu redor e também de si mesmo? O objetivo desse ensaio é refletir criticamente sobre a condição atual de nossos mais modernos sistemas de inteligência artificial (IA), seus potenciais latentes, suas promissoras possibilidades técnicas, mas também sobre suas intrínsecas limitações estruturais e funcionais. Para tanto, tomaremos como estudo de caso desta feita o novo LaMDA do Google, que é um poderoso sistema especialista de processamento de linguagem humana falada baseado em inteligência artificial (IA).
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