Esta pesquisa foi conduzida com o objetivo de verificar o melhor nível de torta de dendê na dieta de cordeiros por meio da avaliação da condição hepática. Foram utilizados 32 cordeiros Santa Inês não-castrados distribuídos em quatro dietas com 0,0; 6,5; 13,0 e 19,5% de torta de dendê na matéria seca (MS). A cada 15 dias, foram coletadas amostras de sangue dos animais, totalizando cinco coletas em todo o período experimental. Foram determinados os teores de triglicérides, colesterol, proteínas totais, albumina e globulina; as atividades das enzimas alanina aminotransferase (ALT), aspartatoaminotransferase (AST) e gama glutamiltransferase (GGT); e as concentrações séricas de bilirrubina total, direta e indireta. O aumento do percentual de torta de dendê na dieta não influenciou a concentração de triglicérides, cujo valor médio foi de 40,57 mg/dL, mas elevou as concentrações de colesterol. Também não ocasionou diferença no conteúdo de proteínas totais, mas teve efeito quadrático crescente nos níveis de albumina e ureia e efeito linear decrescente nos níveis de globulinas. Não foram observadas diferenças estatísticas nas atividades das enzimas alanina-aminotransferase, aspartato-aminotransferase e gama-glutamiltransferase, que foram de 6,40; 37,59 e 62,38 UI/L, respectivamente. Igualmente, não foi detectada influência sobre a bilirrubina total, direta e indireta, cujas médias foram de 0,50; 0,11; e 0,38 mg/dL, respectivamente. O uso de torta de dendê em níveis de até 19,5% da dieta não causa transtornos metabólicos hepáticos em cordeiros.