O estado do Rio Grande do Norte apresenta características naturais de irregularidade pluviométrica, seja espacial ou temporalmente, e isso desperta preocupação frente às ocorrências de crises hídricas e ao planejamento agrícola. O Balanço Hídrico Climatológico (BHC) é uma ferramenta de estimativa da dinâmica de água no solo que passa a ser fundamental para garantir sucesso à atividade agrícola, principalmente, na carência de irrigação. A classificação do clima permite estabelecer o potencial do meio físico para o local. Assim, objetivou-se estimar e analisar o Balanço Hídrico Climatológico de Thornthwaite-Mather (1955) e classificar o clima conforme proposta de Thornthwaite (1948) para o estado do Rio Grande do Norte (RN). Foram utilizados dados de 122 postos pluviométricos da série histórica da Sudene (1990). Para o cálculo do BHC, foi adotado o valor de 100 mm para a Capacidade de Água Disponível (CAD). A Classificação Climática foi obtida por meio dos valores do Índice Hídrico (Ih), Índice de Aridez (Ia) e Índice de Umidade (Iu). Os dados mostraram que a altitude é bastante influente para o clima do estado, dessa forma, a classificação revelou 7 tipos climáticos para o RN, onde predomina o clima semiárido e o subúmido seco, com pequeno ou nenhum excedente hídrico, já que 62% mostraram resultado nulo, tipo climático megatérmico em 118 pontos e concentração restrita de 25% a 28% de evapotranspiração potencial no verão.
Pesquisas sobre sensação térmica e conforto humano em regiões naturalmente quentes como o Semiárido brasileiro são de grande importância uma vez que se referem ao bem-estar, desempenho físico, saúde humana e qualidade de vida da população. Neste sentido, a presente pesquisa se propôs a monitorar a temperatura e a sensação térmica em uma microrregião geográfica do estado do Rio Grande do Norte, o Seridó potiguar, por meio de dados meteorológicos de estações de superfície, de imagens de Satélite e através da aplicação de índices bioclimáticos voltados para o conforto térmico humano. Os dados meteorológicos foram adquiridos junto ao Instituto nacional de meteorologia - INMET. A coleta de dados da temperatura superficial foi adquirida através de imagens orbitais do Satélite Landsat 8, correspondente à faixa do infravermelho termal. Os índices de conforto térmico aplicados à área de estudo foram o Índice de Desconforto (ID) e o Índice de Temperatura Efetiva (TE). Os resultados mostraram o predomínio de altas temperaturas diárias, mensais e anuais, com médias superiores aos 26°C, ocasionando desconforto térmico na região em praticamente todos os meses do ano. Os índices bioclimáticos indicaram que a população seridoense está sujeita ao desconforto pela exposição frequente às altas temperaturas. Valores superiores aos 36°C ocorrem constantemente nos meses mais quentes do ano (setembro-novembro) em ~76,5% nos terrenos da Depressão Sertaneja do Seridó potiguar. Os resultados encontrados apontam para a importância do desenvolvimento de mais pesquisas climáticas focadas no conforto térmico humano no semiárido brasileiro, bem como de pesquisas voltadas às possibilidades de arrefecimento em áreas urbana e rurais, em especial na depressão sertaneja.
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