A produção habitacional de interesse social tem se intensificado desde a criação do Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), com a construção de moradias em larga escala. A implantação de empreendimentos habitacionais afeta desde a urbanização da cidade até a qualidade de vida dos moradores. O presente estudo discute a inserção urbana dos empreendimentos do PMCMV, investigando a recente produção habitacional de interesse social produzida no município de Lajeado – RS, por meio da análise de uma amostra de empreendimentos habitacionais. A análise conta com o auxílio da Ferramenta de Avaliação elaborada pelo Instituto de Políticas de Transporte e Desenvolvimento (ITDP) e possibilita a identificação de quais elementos impactam na qualidade da inserção urbana e da moradia. Os resultados obtidos apontam relação entre o padrão de urbanização do município e os problemas identificados nos empreendimentos habitacionais. A principal contribuição do trabalho está em evidenciar, por meio de indicadores objetivos, os problemas decorrentes do modelo de urbanização atual, como, por exemplo, a precariedade ou total ausência de certas infraestruturas que dão suporte à moradia, como transporte público e passeios adequados.
O debate sobre a dispersão urbana é cheio de imprecisões, uma vez que não há consenso sobre o que é de fato e como se caracteriza. Recentemente, têm aparecido, na literatura, estudos que reforçam a necessidade de uma caracterização mais precisa da dispersão urbana, e que exploram abordagens quantitativas do fenômeno. Variados métodos para mensurar dispersão urbana podem ser encontrados na literatura. Constata-se que tais métodos têm se focado excessivamente na questão das densidades populacionais e na forma urbana mais geral, sem, no entanto, levar em conta particularidades na escala intraurbana, como a configuração da rede de ruas e a distribuição das atividades. Acessibilidade é um importante aspecto a ser melhor compreendido nos estudos sobre dispersão urbana, mas ainda pouco explorado metodologicamente. Ao mesmo tempo, os estudos configuracionais trabalham justamente com as particularidades mencionadas acima, sendo capazes de mensurações precisas de acessibilidade. Este trabalho propõe um indicador de dispersão urbana baseado em medida de acessibilidade, verificando desencontro entre locais de residência e locais de trabalho. Para isso busca referências nos métodos de descrição e análise desenvolvidos pelos estudos configuracionais, e realiza um conjunto de estudos exploratórios para testar a medida. Os resultados se mostram coerentes com o esperado. A principal contribuição deste estudo está no aprofundamento das questões configuracionais e espaciais relacionadas ao debate sobre a dispersão urbana.
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