Objetivo:refletir sobre as recomendações específicas para prevenção de lesão por pressão em pacientes acometidos pelo novo coronavírus (COVID-19) em terapia intensiva. Método: estudo do tipo reflexão teórica fundamentada no conceito de lesão por pressão definido pelo National Pressure Injury Advisory Panel. Resultados: os conteúdos foram categorizados em três eixos temáticos: fatores de risco de desenvolvimento de lesão por pressão específicos para o paciente com COVID-19; recomendações internacionais sobre lesão por pressão em pacientes com COVID-19 e desafios para implementação das recomendações de prevenção de lesão por pressão frente à pandemia de COVID-19 no cenário brasileiro. Conclusão: para promover a prevenção de lesão por pressão em pacientes de terapia intensiva com COVID-19 é fundamental que os profissionais de saúde sejam capazes de implementar intervenções avançadas, de forma a mitigar os riscos intrínsecos e extrínsecos específicos desse paciente. No entanto, é imprescindível reconhecer as lesões potencialmente evitáveis, diferenciando-as das possíveis inevitáveis, bem como a realização de diagnóstico diferencial de lesões decorrentes da própria patogenia do vírus.
Objetivo:relatar o caso de um paciente crítico com COVID-19 e mostrar os principais achados relacionados à lesão considerada Acute skin failure (ASF), bem como realizar seu diagnóstico diferencial com lesão por pressão (LP) evitável. Método: estudo observacional do tipo relato de caso, desenvolvido em um hospital de São Paulo, na unidade de terapia intensiva (UTI) exclusiva a pessoas diagnosticadas com COVID-19. Os dados foram coletados de um único paciente, entre os meses de março e setembro de 2020. Resultados: paciente com complicações da COVID-19 evoluiu com lesão de pele, inicialmente definida como LP e posteriormente reclassificada como ASF. Os seguintes achados corroboraram o diagnóstico: ventilação mecânica invasiva prolongada, insuficiências respiratória, renal e cardíaca e sepse de foco respiratório. Além disso, outros fatores agravantes, como o uso de droga vasoativa, instabilidade hemodinâmica com intolerância ao mínimo reposicionamento, jejum prolongado e coagulopatia intravascular disseminada associada à infecção pelo coronavírus. Conclusão: o relato mostra que existem dificuldades para o diagnóstico diferencial entre ASF e LP na prática clínica. Trata-se de conceito novo, sendo fundamental que o profissional de saúde reconheça os principais fatores associados ao aparecimento da ASF, muitos dos quais também estão relacionados ao desenvolvimento das LP, ressaltando a necessidade de análise individualizada dessas lesões, e garantia da implementação de intervenções adequadas para prevenção e tratamento.
Objective:report the case of a critical patient with COVID-19 and show the main findings related to the injury considered acute skin failure (ASF), as well as perform his differential diagnosis with preventable pressure injury (PI). Method: observational, longitudinal, case report type study, developed in a hospital in São Paulo, in the intensive care unit (ICU) exclusively for people diagnosed with COVID-19. Data were collected from a single patient between March and September 2020. Results: A patient with complications from COVID-19 developed a skin lesion, initially defined as PI and later reclassified as ASF. The following findings corroborated the diagnosis: prolonged invasive mechanical ventilation, respiratory, renal and cardiac insufficiency and sepsis of respiratory focus. In addition, other aggravating factors, such as the use of vasoactive drugs, hemodynamic instability with intolerance to minimal repositioning, prolonged fasting and disseminated intravascular coagulopathy associated with coronavirus infection. Conclusion: the report shows that there are difficulties for the differential diagnosis between ASF and PI in clinical practice. This is a new concept, and it is essential that health professionals recognize the main factors associated with the appearance of ASF, many of which are also related to the development of PI, highlighting the need for individualized analysis of these injuries, and ensuring the implementation of interventions for prevention and treatment.
Diante do número de casos de infecção pelo coronavírus (COVID-19), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou que a doença se trata de uma pandemia de alerta e mobilização mundial, estando presente em vários países e continentes. No Brasil, a pandemia chegou no final de fevereiro de 2020 e vem causando alerta pelo aumento no número de contaminados relacionado com a alta capacidade de transmissão da doença. Nos doentes acometidos, o vírus pode causar desde sintomas simples, que podem ser tratados em casa, até internações hospitalares, assistência em unidades de terapia intensiva e pode inclusive levar à morte.
Objective: To reflect on specific recommendations for the prevention of pressure injuries in patients affected by the new coronavirus (COVID-19) in intensive care. Method: theoretical reflection study based on the concept of pressure injury defined by the National Pressure Injury Advisory Panel. Results: the contents were categorized into three thematic axes: specific risk factors for the development of pressure injuries for patients with COVID-19; international recommendations on pressure injuries in patients with COVID-19 and challenges for implementing recommendations for preventing pressure injuries in the face of the COVID-19 pandemic in the Brazilian scenario. Conclusion: to promote the prevention of pressure injuries in intensive care patients with COVID-19 it is essential that health professionals are able to implement advanced interventions, in order to mitigate the intrinsic and extrinsic risks specific to that patient. However, it is essential to recognize potentially preventable lesions, differentiating them from possible inevitable ones, as well as making a differential diagnosis of lesions resulting from the pathogenesis of the virus itself.
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