Desde 2006 algumas políticas, visando a melhoria do setor saúde, passaram a incentivar a produção e a inovação em fitoterápicos. O objetivo deste trabalho é fazer um estudo descritivo dos movimentos governamentais recentes, a partir de 2006, para a inserção dos fitoterápicos no Sistema Nacional de Inovação em Saúde. Os fitoterápicos possuem potencial a ser explorado no desenvolvimento de pesquisas, resultando em novas tecnologias, produtos e serviços terapêuticos, a partir da inovação e políticas voltadas para o setor. Para tanto, foram feitas pesquisas bibliográficas e documentais, organização de dados utilizando a categoria cronológica de dados e fatos e conversas informais com colaboradores do Núcleo de Gestão em Biodiversidade e Saúde-NGBS. Como resultado deste estudo observou-se que o desenvolvimento de políticas e programas, que articulam o conhecimento popular com o científico, tem sido alvo de interesse do governo que, ao longo dos anos, vem investindo em portarias e programas relacionados a plantas medicinais e fitoterápicos para o Sistema Único de Saúde-SUS. Esses medicamentos representam uma forma de tratamento de baixo custo. No entanto, a fitoterapia requer um custo inicial de implantação e, ainda, existem alguns desafios na produção de fitoterápicos levando em conta o uso da biodiversidade na produção de medicamentos.
As plantas medicinais são utilizadas pela população em diferentes contextos terapêuticos. Considerando que Brasil é o país que detém a maior diversidade biológica do mundo, o emprego da fitoterapia é uma oportunidade relevante para a promoção da quanto à melhoria do setor saúde. Neste sentido, observa-se que a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos (PNPMF) publicada pelo Ministério da Saúde (MS) por meio do decreto nº 5813, de 22 de junho de 2006, converge na estratégica para a promoção desse setor no Brasil. O objetivo deste trabalho foi identificar a efetividade social da PNPMF após 14 anos de sua promulgação, com base em um levantamento sistemático da literatura especializada em relação ao cumprimento efetivo das intenções originais da referida política. É uma pesquisa bibliográfica produzida por meio de um levantamento bibliométrico baseado no protocolo Cochrane, aplicando os termos de pesquisa em quatro distintas bases de acadêmicas (Scopus, Web of Science, SciELO e BDTD). Dentre os resultados, foram perceptíveis os entraves ainda persistentes no cumprimento das diretrizes da Política Nacional de Plantas medicinais e Fitoterápicos quatorze anos após a publicação do decreto que a introduziu. Podendo-se destacar vários fatores que contribuíram para este fato, dentre eles, a dificuldade do acesso à planta medicinal e ao fitoterápico no Sistema ùnico de Saúde, a deficiência na formação continuada e recursos humanos, o fomento da cadeia produtiva de plantas medicinais, a integração entre os setores públicos e privados, e o estímulo da produção de medicamentos fitoterápicos em escala industrial. Embora alguns avanços sejam reconhecidos pela literatura, a Política Nacional de Plantas Medicinais e Fitoterápicos ainda se apresenta insuficiente para o reconhecimento da sua efetividade social.
CoVID-19 é uma doença infecciosa causada pelo vírus SARS-CoV-2, que apresenta uma sintomatologia complexa, atingindo vários órgãos e sistemas do organismo humano. Estudos com plantas medicinais indicam as diversas atividades farmacológicas que uma mesma espécie vegetal pode apresentar. Plantas com atividade antimalárica têm sido alvo de estudos para o tratamento da CoVID-19, através de suas ações combatendo diretamente o vírus, como na redução ou eliminação dos sintomas. O objetivo deste estudo foi verificar, na literatura científica, o uso das plantas medicinais com atividade antimalárica como potencial estratégia na terapia da CoVID-19. Foram realizadas pesquisa, sistematização de artigos e revisões da literatura de plantas com atividade antimalárica, antiviral, anti-inflamatória e imunomoduladora publicados nos últimos 20 anos. Listou-se 27 espécies de plantas importantes com atividade antimalárica. Dentre essas, plantas dos gêneros Cinchona e Artemisia destacaram-se por apresentarem atividades antimalárica e antiviral, tendo como principais constituintes majoritários, responsáveis por estas atividades, a quinina e a artemisinina, respectivamente. Foi possível destacar a importância e urgência da pesquisa e do desenvolvimento de medicamentos provenientes da diversidade vegetal, considerando a multiplicidade de ações farmacológicas que as plantas selecionadas apresentam, podendo ser potencialmente aplicáveis na terapia contra a CoVID-19.
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