Resumo: Introdução: Este artigo relata as experiências da representação estudantil da Faculdade de Medicina de uma universidade federal brasileira, incluindo organização de eventos, participação nas decisões em instâncias superiores e interrupção do ensino em uma pandemia. Relato de Experiência: Inicialmente, houve a mobilização do movimento estudantil para regulamentar as atividades remotas. Em seguida, outras instituições da universidade movimentaram-se para regulamentar as atividades acadêmicas remotas emergenciais. Por fim, realizou-se um evento para informar aos estudantes os planos para a implementação dessas atividades e dialogar sobre questões da educação médica nesse contexto. Discussão: A importância da integração das instituições de representação estudantil com órgãos superiores é notável e ocorre pela proatividade dos(as) alunos(as) e pelo consenso com docentes e técnicos(as) administrativos(as). Foi preciso considerar o contexto socioeconômico dos envolvidos e manejar seus interesses. Assim, lidar com conflitos e propor soluções abrangentes foi fundamental para garantir, de forma democrática, condições viáveis para aplicação das atividades acadêmicas remotas emergenciais por meio da promoção da inclusão digital para professores(as). Além disso, criaram-se meios de assistências para os(as) estudantes. Portanto, percebeu-se o protagonismo dos(as) acadêmicos(as) na resolução de conflitos por meio da participação ativa em conselhos e realização de eventos informativos e consultivos destinados ao restante da comunidade, o que resultou também em pesquisa, extensão e atividades para a melhora da saúde mental no contexto atual. Conclusão: Percebe-se que a participação acadêmica nas deliberações da universidade possibilitou decisões mais democráticas que consideraram os impactos da pandemia na vida dos(as) estudantes e as futuras consequências na formação médica. Além disso, esse processo despertou o interesse da comunidade em atividades de gestão acadêmica.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é um transtorno do desenvolvimento neurológico, de maior prevalência no sexo masculino, caracterizado por dificuldades de comunicação e interação social e pela presença de comportamentos e/ou interesses repetitivos e restritos. As principais manifestações clínicas são: déficits persistentes na comunicação social e na interação social em múltiplos contextos e na presença de padrões restritivos e repetitivos de comportamento que causam prejuízos significativos no âmbito social e profissional. As evidências científicas comprovam que o diagnóstico precoce do TEA promove melhores prognósticos clínicos relacionados a intervenções clínicas e sociais de estimulação da neuroplasticidade neuronal das crianças diagnosticadas com TEA. Para isso, é essencial que o rastreamento pela Lista Modificada de Verificação do Autismo em Crianças (M-CHAT-R) seja um instrumento de rastreio amplamente utilizado no Sistema Público e Privado de Saúde em todo o território brasileiro. Muito além da sua aplicação, os profissionais de saúde necessitam de educação e instrução adequada para perceber os sinais de anormalidade das crianças sugestivos ao TEA, principalmente, os atrasos do desenvolvimento neuropsicomotor na faixa etária de 18 a 30 meses. O atendimento em saúde na Atenção Primária é essencial tanto no rastreamento, quanto no seguimento do tratamento após diagnóstico. Isso porque o vínculo terapêutico estabelecido entre equipe multiprofissional, família e paciente auxilia na melhora no quadro clínico, mas também dá suporte à família e à comunidade, na qual o indivíduo com TEA está inserido, de forma a garantir a sua emancipação social e econômica.
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