Ao propor certas divisões entre o passado e o presente, a escrita da história na modernidade também articula várias maneiras de fazer conexões entre o real e o que não é real. Uma possível abordagem historiográfica é exatamente o estudo sobre a forma como essas conexões são constituídas e legitimadas. Portanto, este artigo é uma abordagem historiográfica sobre os usos do passado na cultura histórica vivida por Gustavo Barroso, a partir das proposições teóricas e metodológicas de Manoel Luiz Salgado Guimarães. Relacionando a escrita de Barroso com a produção de outros intelectuais, percebe-se o importante papel da cultura material para a construção de certas formas de dar sentido ao passado, através das transformações de marcas e traços em vestígios da passagem do tempo.
Cet article examine la présence de la diaspora africaine dans les expositions de longue durée sur l’histoire du Brésil, montées au Musée Historique National (MHN) entre les années 1980 et 2020. Conjuguant sources institutionnelles et bibliographiques, la recherche montre que, malgré de sérieux efforts, l’expérience afro-diasporique reste encore aujourd’hui passée sous silence et rendue invisible dans les expositions du MHN et dans leurs conceptions du passé. Les sursauts constatés sont en général associés à des dates commémoratives, comme le centenaire de l’abolition de l’esclavage, en 1988. Enfin, d’autres possibilités de lecture des objets afro-diasporiques exposés au musée sont ici proposées, partageant des expériences récentes et indiquant de nouvelles voies d’écriture de l’histoire dans les projets expographiques actuellement menés au sein de l’institution.
RESUMO Este artigo examina a presença da diáspora africana nas exposições de longa duração sobre a história do Brasil realizadas no Museu Histórico Nacional (MHN), entre as décadas de 1980 e 2020. Nossa compreensão de diáspora africana está em sintonia com a definição de Nei Lopes, em que o termo se refere à vinda forçada de negros africanos para serem escravizados nas Américas, entre os séculos XVI e XIX, e às histórias, às memórias e ao patrimônio dos descendentes deles. Articulando fontes institucionais e bibliográficas, a pesquisa identificou que, apesar de todos os esforços para ampliar a abordagem da experiência afrodiaspórica por meio de datas comemorativas, como o centenário da abolição da escravidão, em 1988, o tema ainda é silenciado e invisibilizado nas exposições do MHN. Por fim, o artigo propõe outras possibilidades de leitura da diáspora africana em exposições do museu, compartilhando experiências recentes e indicando novos caminhos para a escrita da história em projetos expográficos desenvolvidos pela instituição.
A pesquisa não foi nada animadora para os que pretendiam preservar os marcos da Inconfidência em Ouro Preto. A Casa de Marília, que pertencia aos frades franciscanos, havia sido comprada pelo Ministério da Guerra, a fim de ser demolida e dar lugar a um quartel. 28 A chácara conhecida como "dos Inconfidentes" foi comprada pelo senador Paulo de Frontin por um preço considerado insignificante
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