O pão de trigo integral desponta como uma das opções alimentares em crescimento no país, atraindo consumidores que buscam produtos mais saudáveis. Questiona-se, no entanto, em relação à quantidade de farinha de trigo integral empregada na produção desses pães, pois não é fixado na legislação nacional um quantitativo mínimo para adição de farinha integral. Assim, o objetivo do estudo foi analisar a tabela de informação nutricional e a lista de ingredientes de pães integrais comercializados em Belém, PA. Realizou-se estudo observacional e descritivo de 21 produtos coletados em três redes de supermercados da cidade de Belém que apresentavam a informação “integral”, lista de ingredientes e tabela “Informação Nutricional” para porção de 50g. Observou-se, também, se havia inserções quanto ao conteúdo ou não de glúten, alérgenos, lactose, presenças dos selos da Associação Nacional de Assistência ao Diabético e do Whole Grains Council. A análise dos dados foi feita no programa BioEstat 5.3. Observou-se que em 71,4% dos pães a farinha de trigo integral comparecia em primeiro lugar na lista de ingredientes. Em média, esses pães apresentaram maior teor de proteínas e fibra alimentar: 76,2% apresentaram algum tipo de açúcar como ingrediente e 81% atendiam aos requisitos da Resolução 54/2012 da Anvisa como fonte de fibras, com correlação positiva com a quantidade de ingredientes: 14,3% continham a informação obrigatória da quantidade de colesterol de acordo com a Resolução 360/2003. Verificou-se substancial uso de aditivos, que colocam tais produtos na categoria de ultraprocessados e a não presença da farinha de trigo integral como primeiro ingrediente em 28,6% das amostras analisadas. Conclui-se que a terminologia “integral” associada ao pão integral comercializado em Belém seja capaz de induzir o consumidor ao engano, indicando que o produto pode não ser, nutricionalmente, a melhor opção.DOI: 10.12957/demetra.2018.31873
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