Existem vários mitos sobre os aspectos nutricionais e higiênicos que influenciam no consumo dos ovos. As entrevistas são um meio positivo para conhecer os seus desejos, preferências e necessidades. Assim, objetivou-se estudar o perfil e percepção do consumo de ovos por alunos do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão campus São luís – Maracanã. Após o projeto ser aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa para seres humanos sob número (n° de inscrição:56255921.9.0000.5085). A pesquisa foi desenvolvida com 118 alunos maiores de 18 anos das modalidades do Ensino Superior e Ensino Técnico do IFMA. Foi divulgado um questionário com 24 perguntas relacionadas aos hábitos de consumo de ovos. Dentre os resultados pode-se observar que o consumidor está mais consciente dos perigos que podem ocorrer na ingestão de ovos mal manipulados (82,20%). Estão mais atentos a identidade dos ovos (57%). Sabem que ovos não contém hormônios (71,2%). Demonstraram hábitos de compra e consumo elevados de 4 a 7 ovos por semana. A aparência é o aspecto mais importante na escolha dos ovos (42,40%). Concluiu-se que o ovo faz parte da dieta básica dos estudantes, eles são conscientes sobre a identidade e características dos ovos e importância dos rótulos. O armazenamento dos ovos fora ou na porta da geladeira é o aspecto de maior inadequação relatada para conservação dos ovos. Os alunos possuem compreensão a respeito dos mitos sobre a cor dos ovos e o uso de hormônios na produção. Em contrapartida, a maioria desconhece ovos enriquecidos.

Objetivou-se avaliar a qualidade física e microbiológica de diferentes tipos de ovos comercializados no município de São Luís, MA. Foi avaliada a condição de temperatura e umidade relativa do ar do ambiente de comercialização e coletados 240 ovos, sendo 60 ovos brancos, 60 ovos vermelhos, 60 ovos enriquecidos e 60 ovos caipira. Foi realizada a pesagem individual dos ovos e avaliados os aspectos de qualidade relacionados a casca, ao albúmen e a gema. Os ovos foram analisados quanto ao número mais provável de termotolerantes, contagem de microrganismos aeróbios mesofilos e pesquisa de Salmonella spp. na casca e conteúdo interno dos ovos. No ambiente de comercialização dos ovos, a temperatura variou entre 27,50ºC a 32,20ºC e umidade relativa do ar de 62,75% a 76%. Os ovos brancos apresentaram pior qualidade de casca, pela presença de trincamentos (1,25%), sujidades (8,75%), marcas de gaiola (11,66%) e com casca fina (15,41%). A média do peso dos ovos variou de 57,87g a 60,19g, conforme rotulagem do produto. A unidade Haugh variou de 51,44uH para ovos brancos a 62,32uH para ovos tipo caipira. Todos os tipos de ovos tiveram a contagens por microrganismos aeróbios mesofilos com média de 1,44x104 UFC/g. A contaminação por Salmonella spp. foi detectada em 2,08% na casca dos ovos de ovos caipiras e no conteúdo interno de ovos brancos analisados. Os resultados obtidos sugerem que os diferentes tipos de ovos apresentaram boa qualidade física e microbiológica, entretanto há risco a saúde dos consumidores pela presença de Salmonella.

Ciências agrárias e meio ambiente: pesquisas, desafios e inovações tecnológicas -Volume 2 está licenciado sob CC BY 4.0.Esta licença exige que as reutilizações deem crédito ao criador. Ele permite que os reutilizadores distribuam, remixem, adaptem e construam o material em qualquer meio ou formato, mesmo para fins comerciais. O conteúdo da obra e seus dados em sua forma, correção e confiabilidade são de responsabilidade exclusiva dos autores, não representando a posição oficial da Editora Amplla. É permitido o download da obra e o compartilhamento desde que sejam atribuídos créditos aos autores. Todos os direitos para esta edição foram cedidos à Editora Amplla.

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O presente trabalho avaliou a qualidade de ovos codorna e os rótulos das embalagens desses produtos comercializados em supermercados de São Luís, MA. Foram analisadas 16 cartelas contendo 720 ovos de codorna, provenientes de 12 supermercados sendo 6 varejistas e 6 atacadistas, além disso, verificou-se a temperatura e umidade relativa do ar desses estabelecimentos. As amostras foram avaliadas quanto a integridade de casca e realizadas as análises microbiológicas quanto a contagem de microrganismos aeróbios mesófilos, Escherichia coli e pesquisa de Salmonella spp.  A frequência de ovos trincados foi elevada, ocorrendo em 12,1% das amostras de varejistas e 11,6% de atacadistas. Todas as amostras foram positivas para microrganismos mesófilos, com contagens médias de 10² UFC/g em amostras de ambos os tipos de supermercado. A contaminação por Escherichia coli foi encontrada em 3 amostras de ovos de supermercados varejistas, com contagem média de 5,50x10² NMP/g. A bactéria Salmonella spp. não foi isolada nas amostras analisadas. Houve desconformidade dos rótulos quanto as informações de preparo e uso dos produtos. Todas as amostras foram consideradas próprias para consumo, conforme legislação vigente. No entanto, ressalta-se que há perdas econômicas para o consumidor por descarte de ovos de codorna trincados e necessidade de melhorar as condições higiênicas nos ovos oriundos de supermercados atacadistas e varejistas.