The article analyses work on click farm platforms in Brazil and Colombia. It argues that work on these platforms updates and renews the historical informality of work in Latin America. Drawing on click farm ethnography, worker interviews and digital ethnography on WhatsApp and Facebook groups and Youtube channels, the research highlights: first, the cultural marks of Brazil and Colombia in the interactions between workers, typical of Latin American digital culture; second, the role of Youtubers as skill makers, responsible for the initiation of workers into click farm platforms and the circulation of neoliberal and entrepreneurial ideology; third, practices and discourses relating to reselling accounts, photos and bots as a new version of the historical resale markets in the region; and fourth, the boundaries between informality and illegality at work on click farm platforms. The article argues that, in addition to informal work that preceded and is connected to work on click farms, informality gains new dimensions with work on click farms, with the platformisation of labour representing an articulation between the old informality and new market practices and infrastructures.

Resumo Este artigo analisa as plataformas de fazendas de cliques como elemento de aprofundamento da plataformização do trabalho no Brasil. Com base em entrevistas com trabalhadores e observações em plataformas, grupos de WhatsApp, Facebook e vídeos no YouTube, a investigação destaca condições de trabalho, materialidades e formas de organização das pessoas que são pagas para curtir, comentar e seguir perfis em plataformas de mídias sociais. As fazendas de cliques agem como plataformas parasitas em relação às infraestruturas das mídias sociais. O perfil de quem trabalha para as plataformas é de mulher, com histórico de trabalho informal. Há mercados paralelos de venda e compras de contas fakes e bots, que fazem parte das táticas desses trabalhadores para sobreviver no contexto das fazendas de cliques.