Introdução: Os parâmetros não tradicionais derivados da bioimpedância elétrica como o ângulo de fase e massa celular estão cada vez sendo mais utilizados na prática clínica para auxiliar no diagnóstico nutricional dos pacientes com doença renal crônica e, consequentemente, no prognóstico clínico dessa população. Objetivo: Avaliar a relação dos parâmetros derivados da bioimpedância, representado pelo ângulo de fase com as concentrações séricas de albumina de doentes renais em hemodiálise submetidos suplementação alimentar com albumina. Material e métodos: Trata-se de um estudo de ensaio clínico controlado, desenvolvido em uma Clínica de Hemodiálise, que envolveu 43 indivíduos de ambos os sexos. A amostra foi dividida em dois grupos: G1, com 15 doentes em risco nutricional (albumina sérica ≤ 3,5 g/dL); e G2, controle com 28 doentes (albumina > 3,5 g/dL). Durante o período de seguimento de 90 dias, cada participante de G1 recebeu três vezes por semana 10 g de albumina, acrescentada ao lanche após a sessão de hemodiálise. O exame de bioimpedância foi realizado antes da sessão de hemodiálise, tanto no início do estudo (T0) como após o seguimento de 90 dias de intervenção. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da UFPI sob número de parecer 399.660. Resultados: Os resultados permitem inferir que a suplementação nesses doentes, no tempo e concentrações utilizadas, promoveu melhora do estado nutricional relativo à albumina, pois observou-se que os pacientes que antes apresentavam hipoalbuminemia, após suplementação passaram a apresentar concentrações séricas de albumina semelhantes ao do grupo controle. Ao se avaliar os parâmetros derivados da bioimpedância, como o ângulo de fase, verificou-se que os doentes submetidos à suplementação apresentaram um aumento significativo desse parâmetro em relação T0, porém abaixo do valor de referência (AF<5º), sendo ainda classificados, como desnutridos. Os valores de correlação linear demonstrou correlação positiva fraca (r=0,390; p=0,040) entre as concentrações séricas de albumina e o ângulo de fase do grupo G2. Conclusão: O ângulo de fase apresentou boa associação com o estado nutricional relativo a albumina dos doentes, podendo dessa forma, ser um aliado importante para obtenção do melhor diagnóstico nutricional e, consequentemente, do prognóstico dos mesmos durante o tratamento dialítico.
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) caracteriza-se pela intolerância à glicose e hiperglicemia, o que favorece a manifestação do estresse oxidativo e inflamação, condições consideradas como um dos principais fatores envolvidos na fisiopatologia das complicações diabéticas. Medidas que possam reduzir o estresse oxidativo e a inflamação constituem-se em uma estratégia viável para o controle do DM2. O artigo teve como objetivo identificar a relação entre o potencial antioxidante do pequi (Caryocar brasiliense Camb) e a prevenção do processo inflamatório/oxidativo presente no DM2. Trata-se de uma revisão de literatura de caráter narrativo, na qual realizou-se uma pesquisa bibliográfica durantes os meses de janeiro a junho de 2021 nas bases de dados PubMed, Scielo e portal periódicos CAPES, utilizando os termos descritos no DeSC: Pequi, Diabetes Mellitus tipo 2, Inflamação e Estresse oxidativo, em português, inglês e espanhol. A partir da leitura, observou-se que o pequi é um fruto rico em ácidos graxos, tais como os ácidos oleico, palmítico e esteárico, sendo que pesquisas recentes indicam que esse fruto também possui quantidades significativas de carotenoides e compostos fenólicos, demonstrando um forte potencial antioxidante natural, com propriedades comerciais, e possíveis aplicações tecnológicas e funcionais exploráveis. O consumo de alimentos fontes de antioxidantes como frutos do cerrado, especificamente o pequi podem contribuir para prevenção da cascata patológica presente no DM2, entretanto são necessários mais estudos que verifiquem a influência dos compostos antioxidantes presentes no óleo de pequi sobre o sistema de defesa antioxidante e atividade inflamatória na presença de hiperglicemia crônica.
Introdução: O processo histórico da segurança alimentar e nutricional é permeado por construções culturais, sociais, econômicas e políticas desenvolvidas ao longo dos anos no Brasil e no mundo. Embora se reconheça os avanços relacionados aos aparatos legais de promoção e proteção a segurança alimentar, cotidianamente o direito humano a uma alimentação saudável e nutritiva é violado pelo Estado e pela sociedade civil. A pandemia da covid-19 se apresenta como um dos maiores desafios sanitários mundiais, agravando ainda mais os índices de violação de direitos humanos no Brasil, dentre estes, o Direito Humano à Alimentação Adequada. Objetivo: Analisar as estratégias governamentais e sua eficiência no enfrentamento da crise na (in)segurança alimentar e nutricional causada pela pandemia do Covid-19. Material e métodos: O estudo configura-se como uma revisão de literatura, na qual a busca foi realizada nas bases de dados Medline, Periódicos Capes e Lilacs durante os meses de dezembro de 2021 a fevereiro de 2022. Utilizou-se como descritores os termos obtidos através dos Descritores em Ciências da Saúde, direito humano a alimentação adequada, (in) segurança alimentar, pandemia e COVID-19. Priorizou-se os artigos completos online, publicados nos últimos 05 anos, nos idiomas português, inglês e espanhol. Resultados: Os resultados demonstraram que o cenário pandêmico em que vivemos atualmente, evidencia a desproporção na realidade social encarada pela população desde muito antes da pandemia, em especial os mais vulneráveis. No que diz respeito à segurança alimentar e nutricional desses indivíduos, enfatiza-se que tem se agravado drasticamente, fazendo se necessário uma estruturação de políticas públicas capazes de garantir o Direito Humano à Alimentação Adequada e Saudável, bem como promover melhorias na acessibilidade aos programas de distribuição de recursos e alimentos, já existentes, como Programa Bolsa Família, Auxílio Emergencial, e Programa Nacional de Alimentação Escolar, conforme as diretrizes da Política Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional. Conclusão: Conclui-se a partir dos resultados obtidos que deve-se implementar e fortalecer as iniciativas voltadas à proteção social, assegurando o pleno acesso à alimentação saudável e adequada em escalas global, nacional e local para prevenir a crise humanitária e alimentar iminente, que ameaça os grupos em maior situação de vulnerabilidade.
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