Este trabalho visa apresentar os procedimentos e os respectivos debates de práticas docentes exercidas no âmbito dos estágios supervisionados no curso de Licenciatura em Geografia da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO, Campus de Irati-PR). As reflexões estão pautadas pela discussão do tema da agroecologia como uma possibilidade de debate no campo da educação geográfica. No texto debatemos aspectos conceituais da agroecologia, bem como suas possíveis relações com temas do repertório geográfico. Apresentamos dois relatos de práticas pedagógicas vinculadas aos estágios de docência. Como discussões, destacamos a imbricação entre a práxis do professor supervisor da universidade e do docente em formação; apontamos algumas dificuldades vivenciadas no cotidiano das práticas pedagógicas na escola, tais como, transposição didática, horários e recursos para as aulas. Também, destacamos as potencialidades para o debate das questões agroecológicas no ensino de Geografia numa perspectiva de trânsito, assim como, traçamos algumas críticas ao exclusivismo do temário transversal proposto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs).
Este artigo discute as relações sociais de gênero e a produçãode espaço, evidenciando a discussão sobre a participaçãopolítica feminina como forma de pressão ao direito de acessoà cidade. Dissertando sobre os diferentes papéis sociais dasmulheres, sua inserção e participação na política, o artigoestá dividido em quatro partes. Após uma breve introduçãoà temática, segue uma aproximação das sujeitas, ou seja,referencia-se a base metodológica da parte empírica que deuorigem a este artigo. As relações sociais femininas, seus potenciaise limites são ilustrados através de citações provindasda empiria sobre a participação de mulheres no OrçamentoParticipativo na cidade de Ponta Grossa/PR. A parte seguinteaborda a questão desse envolvimento político das mulheresdiante dos seus papéis de gênero assumidos e construídossocialmente. As considerações finais enfatizam essa interiorização,que influencia a atuação das mulheres tanto no espaçopúblico como no privado.
As Unidades de Conservação (UCs), sob gestão do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), são protagonistas no campo das políticas públicas ambientais brasileiras. O arcabouço normativo traz a Educação Ambiental (EA) como estratégia de ordenamento territorial das UCs. O presente artigo problematiza as relações entre o campo da EA, as práticas de EA nas UCs e a política interna do ICMBio de capacitação de seus servidores. Analisam-se informações coletadas de 254 UCs federais. Observa-se a composição de um campo social e que as ações de EA assumem destaque na gestão do ICMBio. No plano das práticas, há descontinuidade nas ações, equipe reduzida e o subfinanciamento do ICMBio.
O presente artigo objetiva interpretar as relações entre os papéis sociais de gênero e as espacialidades nas/das festas de padroeiros em duas comunidades rurais de Imbituva-PR. Ao lançar um olhar para a produção da festa de padroeiro e as relações de gênero a partir das representações do trabalho a ser desenvolvido por homens e mulheres, o texto configura uma amostragem qualitativa das representações de gênero espacializadas das comunidades rurais. Como técnicas de investigação, utilizam-se trabalhos de campo, envolvendo a observação dos eventos e a interação com os participantes. O inter-relacionamento entre as observações dos fenômenos e momentos que compõem as festas, as entrevistas com os organizadores dos eventos e as conexões com a literatura que abordam a problemática das relações sociais de gênero pautam um processo de objetivação das subjetividades dos produtores das festas. Nos estudos de casos que sustentam esse artigo, as práticas que orientam as representações de gênero, vislumbradas pelo mote das espacialidades (ordem espacial) referem-se a um qualitativo-normativo compartilhado e que se efetua por meio de uma diferenciação espacial. Ao considerar o gênero como uma representação, a pesquisa evidência que na produção das festas de padroeiros, os papéis sociais de gênero são performados por dinâmicas espaciais que distinguem esferas de atuações masculinas e femininas.
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