RESUMORelacionou-se a vegetação natural do estado do Rio Grande do Sul com as disponibilidades climáticas por meio do diagrama climático de Walter e Lieth (1967). Foram utilizadas as temperaturas médias mensais do ar e as médias dos totais mensais de chuva de 41 estações meteorológicas, no período de . Para cada estação meteorológica foi traçado um gráfico cartesiano no qual se colocaram, no eixo das abcisssas, os meses e, num dos eixos das ordenadas, a temperatura média mensal do ar, em °C e, no outro, a média dos totais mensais de chuva, em mm, sendo a escala da representação da chuva o dobro daquela da temperatura. Constatou-se que, pelos diagramas climáticos, todo o território do Estado se enquadra no Zonobioma de clima úmido temperado quente e vegetação de florestas. Esses resultados indicam que o modelo fitoclimático de Walter e Lieth (1967) não é adequado para representar a distribuição geográfica da vegetação natural do Estado, pois esta não é formada somente por florestas, mas também por grandes áreas de vegetação do tipo campestre.Palavras-chave: Precipitação pluviométrica; temperatura do ar; vegetação. ABSTRACTThe natural vegetation in the State of Rio Grande do Sul was related to climatic availability through the climatic diagram of Walter and Lieth (1967). Values of mean monthly air temperature and rainfall from 41 meteorological stations during the period 1931-1960 were taken into account. For each meteorological station, a graph was plotted with months in the x axis and monthly air temperature and rainfall in the two y axis considering the y axis with rainfall two fold the y axis with air temperature. Results showed that Rio Grande do Sul as a whole fits in the zonobioma of warm humid temperate climate and forest vegetation. These results indicate the phytoclimate model of Walter and Lieth (1967) is not appropriate to represent the geographic distribution of the natural vegetation of the State, because this type of vegetation is not only that which covers the State that because it also parents praises.Keywords: Rainfall; air temperature; vegetation. INTRODUÇÃOA disponibilidade climática de um local e/ou região é um dos mais importantes fatores determinantes da distribuição geográfica dos diferentes tipos de vegetação natural aí existentes. Pesquisadores têm buscado representar essa relação por meio de modelos matemáticos, denominados modelos fitoclimáticos. Dentre esses modelos, é bastante conhecido aquele de Walter e Lieth (1967). Esses autores se basearam no diagrama de Gaussen (1945), o qual considera que um mês é seco se o cociente da média dos totais mensais das precipitações pluviométricas, em mm, pela temperatura média mensal, em °C, é inferior 2. A representação, num mesmo gráfico cartesiano, das temperaturas e precipitações pluviométricas mensais permite obter o diagrama ombrotérmico, o qual coloca em evidência os períodos secos e chuvosos.Walter e Lieth (1967) sugeriram que os diferentes tipos de climas de uma região e/ou da Terra fossem caracterizados de forma simples e clara, utilizand...
Realizou-se o zoneamento climático para o desenvolvimento da larva do mosquito transmissor do vírus da dengue, Aedes aegypti, no estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas a média e a variabilidade dos totais mensais de precipitação pluviométrica, o número médio decendial de dias com precipitação, as cartas mensais de temperatura média das médias, médias das máximas e médias das mínimas e a probabilidade de ocorrência de temperaturas mínimas absolutas abaixo de 5°C. Foram consideradas regiões preferenciais aquelas com temperatura média entre 24 e 32°C, toleradas entre 18 e 24°C, marginais entre 5 e 18°C e acima de 32°C e inaptas abaixo de 5°C e acima de 40°C. Constatou-se que, no estado do Rio Grande do Sul, em todos os meses do ano, as condições hídricas são favoráveis ao desenvolvimento da larva do mosquito transmissor do vírus da dengue e que as disponibilidades térmicas preferenciais ocorrem nos meses de janeiro, fevereiro e dezembro. As temperaturas médias preferenciais ocorrem, principalmente, nas Regiões Climáticas da Depressão Central, Alto e Baixo Vale do Uruguai e Missões; e as marginais, na Serra do Nordeste, oeste do Planalto, Serra do Sudeste e Litoral Sul. Palavras-chave Aedes aegypti; temperatura do ar; precipitação pluviométrica; casos autóctones Artigos originais
Realizou-se o zoneamento climático para o desenvolvimento da larva do mosquito transmissor do vírus da dengue, Aedes aegypti, no estado do Rio Grande do Sul. Foram utilizadas a média e a variabilidade dos totais mensais de precipitação pluviométrica, o número médio decendial de dias com precipitação, as cartas mensais de temperatura média das médias, médias das máximas e médias das mínimas e a probabilidade de ocorrência de temperaturas mínimas absolutas abaixo de 5°C. Foram consideradas regiões preferenciais aquelas com temperatura média entre 24 e 32°C, toleradas entre 18 e 24°C, marginais entre 5 e 18°C e acima de 32°C e inaptas abaixo de 5°C e acima de 40°C. Constatou-se que, no estado do Rio Grande do Sul, em todos os meses do ano, as condições hídricas são favoráveis ao desenvolvimento da larva do mosquito transmissor do vírus da dengue e que as disponibilidades térmicas preferenciais ocorrem nos meses de janeiro, fevereiro e dezembro. As temperaturas médias preferenciais ocorrem, principalmente, nas Regiões Climáticas da Depressão Central, Alto e Baixo Vale do Uruguai e Missões; e as marginais, na Serra do Nordeste, oeste do Planalto, Serra do Sudeste e Litoral Sul. Palavras-chaveAedes aegypti; temperatura do ar; precipitação pluviométrica; casos autóctones Artigos originais
O clima do estado do Rio Grande do Sul (RS) é temperado úmido, condições de vegetação natural do tipo floresta temperada ou decidual, entretanto, em aproximadamente 46,3% de sua área, a vegetação é campestre. Assim, neste estudo, procurou-se colaborar no sentido de melhor entender as relações entre as condições climáticas e a vegetação natural do estado do RS. Para isso, relacionou-se a vegetação natural do estado do RS com as disponibilidades climáticas. Foram utilizados doze modelos fitoclimáticos e três classificações climáticas. Para o cálculo dos modelos e o enquadramento nas classificações climáticas, foram utilizadas as médias dos totais mensais e anuais da precipitação pluviométrica e evapotranspiração potencial, as médias, médias das máximas e médias das mínimas mensais e anuais das temperaturas do ar e as médias mensais e anuais das deficiências e excessos hídricos do solo de 41 estações meteorológicas, período 1931-1960 e, ainda, as médias mensais da radiação solar global de 25 estações meteorológicas, período 1957-1984. Pelos resultados obtidos para todas as estações meteorológicas utilizadas, as disponibilidades climáticas do estado são características de formação vegetal natural do tipo floresta. Dessa forma, tendo em vista que em torno de 46,3% da vegetação natural do estado é do tipo campestre, conclui-se que outros fatores, além do clima, interferem e/ou interferiram na formação da vegetação do Rio Grande do Sul.
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