Resumo O livro didático se justifica como objeto de estudo tanto no seu aspecto financeiro, pois bilhões de reais anuais são aplicados no PNLD, quanto pedagógico, de uso e papel na cultura escolar. Por isso, o artigo tem por objetivo identificar, na opinião de estudantes brasileiros de Ensino Médio, as características consideradas mais e menos importantes de um livro didático. Para tal, foi feito um survey transversal com perguntas baseadas em estudos qualitativos anteriores. Os dados foram coletados por meio de questionários aplicados a 374 estudantes das cinco regiões brasileiras. Por meio da análise estatística descritiva e de testes de hipótese, ranqueou-se os interesses e comparou-se as respostas de diferentes subgrupos. Em síntese, o desejo dos estudantes é por um livro com conceitos corretos, resumos e esquemas que permitam a fácil identificação dos pontos chaves, mas também com temas e abordagens que despertem o interesse e exemplifiquem em abundância o conteúdo. Contudo, há várias diferenças entre os subconjuntos de respostas, em especial no tipo de escola (pública ou privada) e sexo. Diferenças entre as regiões também permitem questionar a validade de um livro padronizado para todo o país, sem a consideração das especificidades locais.
Com o objetivo de avançar na compreensão do mercado acionário brasileiro e de analisar estratégias adequadas para o pequeno investidor, propõe-se uma análise da aplicação dos filtros de Graham para a seleção de ativos na Bovespa no período de 1998 a 2009. Mediante uma abordagem de carteira e de testes estatísticos, notou-se a presença de retornos anormais e superiores ao Ibovespa especialmente nas carteiras montadas por um período de cinco anos, entretanto as carteiras montadas possuíam baixa diversificação de ativos. Como os filtros de Graham foram desenvolvidos para o mercado norte-americano da década de 1970, sugeriu-se a elaboração de novos qualificadores de forma a adequá-los ao momento e ao cenário brasileiro. Essa abordagem usou os quartis mais interessantes de cada critério para definir os novos qualificadores e mostrou-se superior ao Ibovespa para todos os períodos analisados, mas não eliminou o problema de baixa diversificação dos portfólios.
O livro didático (LD) de Ciências possui ainda em dias atuais um papel central nos processos pedagógicos nas escolas brasileiras. O objetivo desta investigação é identificar os usos do LD de Ciências nas práticas pedagógicas de professores dos anos finais do Ensino Fundamental. Para isso, realizou-se um estudo com a participação de 427 professores de Ciências das escolas públicas brasileiras deste nível de ensino. Os resultados revelam que o LD de Ciências continua a ser um recurso amplamente utilizado entre os professores investigados. Ainda, o LD possui grande importância como elemento norteador do planejamento, da preparação das aulas e como material de atualização e formação do docente. Por último, são sugestões deste trabalho a manutenção e o fortalecimento do Programa Nacional do Livro Didático enquanto uma política de Estado para o benefício dos estudantes da rede pública, bem como a adoção de um modelo desse programa em que o LD se torne um recurso consumível pelos alunos, podendo ser transportado livremente entre escolas e domicílios, potencializando o uso desse material. Sugere-se ainda um olhar mais atento às formações inicial e continuada de professores de Ciências para as questões referentes ao uso do LD nos processos pedagógicos da Educação Básica, acreditando que um docente que tenha acesso a essas possibilidades possa se tornar um profissional com maior conhecimento sobre as várias formas de usos do LD em seu trabalho.
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