Os serviços farmacêuticos são constituídos pelo acompanhamento farmacoterapêutico na identificação e resolução de problemas relacionados a medicamentos (PRMs) por meio de intervenções. O acompanhamento de pacientes hipertensos é fundamental, pois a hipertensão é considerada um dos principais fatores de risco que contribuem para a mortalidade de doenças cardiovasculares. No presente relato discorremos sobre os fatores de risco cardiovascular de paciente hipertensa e as intervenções farmacológicas e não farmacológicas realizadas para a resolução dos PRMs presentes. Trata-se de um estudo descritivo, do tipo relato de caso de paciente em consulta farmacêutica na Farmácia Universitária da Universidade Federal da Bahia, no período de outubro de 2019 a abril de 2020 (CEP nº 2.578.262). Os questionários e intervenções foram baseadas no documento “Cuidado Farmacêutico na Atenção Básica: caderno 2”, do Ministério da Saúde. Relato de caso: Paciente do sexo feminino, 72 anos, diagnosticada com hipertensão há anos, apresenta comorbidades como dislipidemia, além de estilo de vida sedentário que, mutuamente, configuram-se como importantes fatores de risco cardiovascular. Praticava automedicação e apresentava diversos PRMs de adesão. Das intervenções farmacêuticas realizadas, incluíram: educação em saúde no que diz respeito ao uso racional de medicamentos (URM), ajustes para correção dos PRMs, incentivo à alimentação saudável e à prática de exercícios físicos. Frente à elaboração dos planos de intervenção farmacêutica, adotando terapias medicamentosas e não medicamentosas, possibilitou-se a redução dos níveis pressóricos, URM e a melhoria na qualidade de vida da paciente.
Green analytical methods for isosorbide dinitrate determination by UV spectrophotometry and stability indicating HPLC-PDA Métodos analíticos verdes para determinação de dinitrato de isossorbida por espectrofotometria UV indicativo de estabilidade HPLC-PDA
Introdução: O medicamento tem natureza híbrida, ou seja, promove benefícios à saúde, mas também portam riscos. O acompanhamento farmacoterapêutico, atividade ofertada aos pacientes em tratamento da Hepatite C, beneficiários de um plano de saúde para servidores públicos conveniado com a Farmácia da Universidade, tem se revelado uma ferramenta importante para o uso racional de medicamentos e o alcance de bons resultados com a farmacoterapia, principalmente em pacientes com condições crônicas. Objetivo: Descrever o perfil do paciente e os problemas relacionados com medicamento, identificando as intervenções propostas pela equipe de farmacêuticos os resultados alcançados. Métodos: As informações foram obtidas dos formulários de acompanhamento farmacoterapêutico utilizados no atendimento ao paciente no ano de 2017. Todo registro clínico foi feito nos moldes da metodologia SOAP, com adaptações. Resultados: Paciente do sexo feminino, 54 anos, diagnosticada com Hepatite C (F1), câncer de crânio com metástase óssea e câncer de pulmão primário, em uso de 10 (dez) medicamentos prescritos, incluindo medicamentos paliativos, anticonvulsivante, quimioterapia e chá por automedicação, com indicação tratamento da Hepative C com daclatasvir e sofosbovir. A partir da análise dos medicamentos utilizados foi identificado 1 (um) problema relacionado ao medicamento, 1 (uma) interação medicamentosa importante, 1 (um) problema de adesão aos medicamentos e reações adversas medicamentosas decorrentes do uso do anticonvulsivante e da quimioterapia. O aprazamento dos medicamentos em uso pela paciente foi readequado, sendo também sugeridas ao prescritor e acatadas duas substituições do medicamento anticonvulsivante (uma por interação medicamentosa e outra por reação adversa). DISCUSSÃO: O conhecimento sobre interação das drogas antivirais de ação direta com as utilizadas no tratamento paliativo do câncer metastático são pouco robustos. A revisão do aprazamento facilitou da administração dos medicamentos, a substituição do anticonvulsivante e suspensão do uso de chá preveniu a ocorrência de interação medicamentosa e contribuiu no aumento da adesão. Conclusão: o acompanhamento farmacoterapêutico dispensado à paciente demonstrou-se relevante, pois possibilitou prevenir a ocorrência de problemas relacionados aos medicamentos como eventos adversos e interações medicamentosas, evidenciando a importância da relação farmacêutico/paciente.
Introdução: A dipirona é um potente analgésico e antipirético inscrito na Relação Nacional de Medicamentos Essenciais. Ademais é estrategicamente indicada em casos especiais, como no tratamento paliativo de: dengue, chikungunya, zika e COVID-19. Problemas pós-comercialização, como não conformidades na qualidade, vêm sendo apontados para medicamentos contendo dipirona, resultando em recolhimentos frequentes pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Objetivo: Averiguar a qualidade e a equivalência farmacêutica dos comprimidos de dipirona, referência, genéricos e similares, disponíveis comercialmente para a população da cidade de Salvador/BA. Método: Estudo experimental utilizando metodologias descritas na monografia da dipirona sódica comprimidos da Farmacopeia Brasileira 6ª edição. Foram analisadas três diferentes marcas de genérico, dois similares e o referência, coletadas no comércio da cidade de Salvador-Bahia. Adicionalmente, foi desenvolvido um método analítico alternativo por espectrofotometria na região ultravioleta para a análise da dipirona sódica comprimidos, validado com base na RDC n° 166, de 24 de julho de 2017. Resultados: Os comprimidos de dipirona sódica referência, genéricos e similares atenderam aos requisitos quanto aos testes de identificação e características. Uma amostra de medicamento similar não atendeu ao teste de dissolução e somente duas amostras, dos medicamentos genéricos, foram satisfatórias para a intercambialidade. O método farmacopeico para doseamento da dipirona sódica comprimidos demonstrou problemas relacionados à subjetividade do analista e a incerteza do método. O método alternativo proposto mostrou-se seletivo, linear, preciso, exato e robusto, indicado para a quantificação da dipirona em comprimidos. Conclusões: O monitoramento pós-comercialização de medicamentos com elevado padrão de consumo pela população, como a dipirona, pode sinalizar questões a serem investigadas pela vigilância sanitária, com o objetivo de apoiar sua missão de proteção à saúde da população.
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