A crescente exploração das zonas costeiras como atrativo turístico busca atender os interesses de pessoas que procuram manter um maior vínculo com a natureza. Nesse sentido, no estado do Pará, o município de Salinópolis destaca-se como um dos locais prioritários nas ações de governo ligadas ao turismo, apresentando um vasto conjunto paisagístico, resultante da interação de fatores naturais, que deram origem as praias locais e demais ecossistemas. O presente trabalho tem como objetivo avaliar como as atividades turísticas praticadas em quatro praias do município de Salinópolis/PA afetam a qualidade socioambiental local. A metodologia consistiu em pesquisa bibliográfica sobre o assunto, e posteriormente, a etapa de campo constituiu-se nos seguintes procedimentos: (i) registros fotográficos das áreas de estudo; e (ii) checagem de impactos por meio de listagem de controle de indicadores. A partir das análises da aplicação do checklist evidenciou-se uma grande problemática ambiental em ambos os trechos de pesquisa, estreitamente relacionada com a forma de apropriação e uso desses espaços. Os maiores impactos estavam no trecho do Atalaia, relacionado principalmente a questão dos resíduos sólidos ao longo da faixa praial, assim como no lançamento irregular de esgoto em determinados pontos. E na praia do Farol Velho, onde o avanço do mar tem provocado à destruição de ambientes construídos, estradas de acesso e demais infraestruturas urbanas. Além disso, identificou-se que, diversos tipos de ocupações dão-se de forma irregular e sem considerar as diretrizes estabelecidas nos instrumentos de gestão urbana, estimulando uma série de alterações na paisagem natural de ambas as extensões de praias.
Palavras-chave: Gestão ambiental. Avaliação de Impactos Ambientais. Gerenciamento Costeiro.
Buscando contribuir com informações acerca do comportamento da precipitação e a erosão em Rondon do Pará/PA, este trabalho buscou estimar a precipitação do município, entre os anos de 1999 e 2015, gerar uma normal provisória da precipitação e avaliar o comportamento desta nos casos de erosão registrados na região. Para isto, foram utilizados dados diários de precipitação obtidos a partir dos satélites CMORPH nos anos de 1999 a 2015, provenientes de um quadrante do município, com auxílio do software GrADS 2.0. De posse destes, foram gerados a normal provisória e o balanço hidrológico de Rondon do Pará. Dados de ocorrências de erosão da Defesa Civil foram obtidos para, junto aos de precipitação, serem analisados individualmente. A normal provisória apresentou ano hidrológico iniciando em outubro com a estação chuvosa e finalizando em setembro com o fim da estiagem, sendo o mês de março o mais chuvoso e agosto o menos chuvoso. O balanço hidrológico exibiu excedente hídrico nos meses de janeiro a abril e deficiência hídrica de junho a novembro, havendo reposição a partir de dezembro com a retomada das chuvas. Os casos de erosão apresentaram distribuição anual semelhante à distribuição da precipitação, indicando sua grande influência sobre os mesmos. A análise individual dos casos mostrou que a erosão pode ser decorrente tanto de precipitação ocorrida no dia do evento como acumulada nos cinco dias antecedentes ao evento, sendo este último caso o mais comum. Essas informações são úteis para o planejamento do município, nas áreas urbana e rural.
Este trabalho buscou determinar o valor do índice erosividade da chuva para Óbidos/PA, além de avaliar o seu período de retorno e probabilidade de ocorrência, analisar a distribuição anual deste índice e correlacioná-lo com a precipitação local. Para isto, utilizaram-se dados de precipitação, de 1986 a 2015, de uma estação meteorológica do INMET localizada no município. A partir destes, calculou-se o índice de erosividade para todos os anos de análise, gerando um índice final. Calculou-se a frequência dos valores dos índices e os períodos de retorno correspondentes, que foram plotados em curvas de probabilidade de ocorrência para análise. Realizaram-se análises de regressão para analisar a relação entre a erosividade e a precipitação. No período de análise, a erosividade da chuva para Óbidos foi 13.361 MJ mm ha-1 h-1 ano-1, com probabilidade de 52% de ser equiparado ou excedido pelo menos uma vez a cada 2 anos. Este valor do índice de erosividade classificou a região em área de Muito Alta Erosividade. Nos meses de fevereiro, março e abril são esperados os maiores riscos de erosão, com 60,88% do valor total da erosividade anual. Na análise de regressão, o modelo matemático que apresentou melhor correlação foi o linear (r² = 0,9991).
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