Neste artigo, propomos abordar, de maneira pontual, o seguinte enfoque: como falar do ‘outro’ como “outro” hoje na literatura contemporânea? Feito isso, analisamos uma possível poética do encontro de culturas, bem como sugerimos uma interpretação do mapa da estrangeiridade no romance Relato de um certo oriente (1989), de Milton Hatoum. Depois de enfocar tais aspectos, tecemos breves considerações sobre essa narrativa do autor amazônico, procurando ensaiar, testar e reapontar novas leituras de “um certo oriente” que dialogicamente possa ser vislumbrado na errância semântica proposta pelos pronomes para quê, quando, onde, como e por que falar da representação da estrangeiridade na cena contemporânea.
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Resumo: O ensaio franqueia a reflexão do texto literário como espaço onde se desdobram as cartografias do pensamento transfronteiriço, da narrativa Algum lugar, de Paloma Vidal, apontando como são mapeadas algumas linhas de fuga do sujeito migrante e suas estratégias para viver e figurar outras experiências de humanidade e cidadania através do narrar entre e desde as redes translimiares na literatura-devir.Palavras-chave: Paloma Vidal, linhas de fuga; literatura; cartografia.
Abstract:The essay franks the reflection on the literary text as a space where the mapping of cross-border thinking unfolds, from Algum lugar narrative, by Paloma Vidal, pointing out how some lines of flight of the migrant subjects and their strategies for living and figuring other experiences of humanity and citizenship are mapped through the narrating between and from translimitary networks in becoming-literature.
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