O seio cavernoso é um plexo venoso localizado na base do crânio. Várias patologias, como processos inflamatórios, aneurismáticos ou metastáticos, podem afetar esse plexo. A síndrome do seio cavernoso ocorre quando os nervos estão envolvidos nessa região (nervos cranianos III, IV, VI e divisões do V). Essas relações anatômicas explicam que a diplopia e a dor são os sintomas iniciais mais comuns nesses pacientes. Os aneurismas carotídeos cavernosos (CCAs) representam 2% a 9% dos aneurismas. Relatamos dois pacientes que apresentaram síndrome do seio cavernoso decorrente de aneurismas da artéria carótida. O reconhecimento da etiologia desse quadro clínico diferenciado é fundamental para evitar complicações e direcionar a melhor conduta para cada paciente.
IntroduçãoA Síndrome do Seio Cavernoso (SSC) pode ter diversas etiologias: inflamatória, aneurismática, metastática, trombótica e autoimune. Os aneurismas na porção cavernosa das carótidas internas representam apenas 2% a 9% do total dos aneurismas intracranianos. O objetivo deste relato é descrever um caso com apresentação clínica exuberante da SSC, discutir suas relações anatômicas e as opções de tratamento, as quais se mostram sempre um desafio. A paciente assinou um termo de autorização livre e esclarecido para a descrição deste caso.Material e MétodosA partir das informações extraídas da história clínica do paciente, reportamos o caso a fim de aumentar a visibilidade e a importância da compreensão das manifestações aneurismáticas que se manifestem como síndrome do seio cavernoso. A divulgação dos dados foi autorizada pela paciente mediante Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE).ResultadosMSPN, sexo feminino, 73 anos, com antecedentes de diabetes mellitus tipo 2, hipertensão arterial sistêmica, asma controlada, glaucoma e osteoporose, iniciou cefaleia holocraniana progressiva com irradiação para região retro-orbitária associada à fotofobia. Paciente procurou unidade de pronto atendimento devido à persistência dos sintomas. Recebeu medicação analgésica e foi liberada, com melhora sintomática relativa. Após dois dias, o quadro evoluiu com ptose palpebral direita, piora da acuidade visual e proptose. Ao exame, apresentava-se, além da ptose, anisocoria com midríase à direita (mais visível em ambiente claro), associada à paresia dos nervoscranianos III, IV e VI do mesmo lado. A paciente queixava-se ainda de hipoestesia em território de nervo oftálmico (V1) em hemiface direita. Sem demais alterações no exame neurológico. Após a realização da tomografia computadorizada com estudo angiográfico e ressonância magnética, concluiu-se que a paciente é portadora de aneurisma sacular de carótida interna na porção cavernosa.ConclusõesDevido às relações anatômicas do seio cavernoso, a apresentação clínica das síndromes de compressão dessa região são ricas em sinais semiológicos. Enfatizamos que, mesmo em pacientes diabéticas, a investigação com neuroimagem na SCC é essencial e pode prevenir danos irreversíveis às estruturas orbitais, assim como perda visual. O diagnóstico adequado e precoce do aneurisma da artéria carótida interna na porção cavernosa evita complicações graves e permite uma decisão terapêutica mais adequada.
Context: Intracranial tumor spread is an infrequent and late manifestation of head and neck cancers. We report three cases of painful ophthalmoplegia due to larynx and parotid neoplastic involvement. Data disclosure was authorized by the patients through an Informed Consent Form. Case reports: A 47-year-old man presents right retro- orbital pain and progressive ophthalmoplegia 5 months after resection of laryngeal spinocellular carcinoma and local radiotherapy. A 44-year-old man, 9 months after excision of spinocellular carcinoma of the larynx and subsequent radiotherapy, presents severe pain and paralysis of the left CN VI. Imaging exams showed involvement of CS. A 67-year-old woman with a tumoral mass in the left preauricular region. Biopsy revealed adenocarcinoma of the parotid gland. After total parotidectomy, the supra-omohyoid cervical ganglion was removed. Patient received radiotherapy for 3 months. Then, she presented a frontal and right temporal headache, more intense in the retro-orbital region. After one month, she developed complete CS syndrome, with the right CN VI being the first to be affected. MRI revealed an irregular enhancement lesion in right CS after contrast administration. All patients died despite treatment. Conclusions: In patients with painful ophthalmoplegia, the most common hypotheses are diabetic neuropathy and Tolosa-Hunt syndrome. CS involvement may be the first evidence of a distant head and neck disease. Despite the poor prognosis, palliative care should be considered.
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