O SARS-CoV-2 espalhou-se rapidamente pela China e logo recebeu atenção mundial, levando a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, em 30 de janeiro de 2020, a infecção pelo SARS-CoV-2 como emergência de saúde pública de interesse internacional. Trata-se de uma revisão de literatura que objetiva atualizar e ampliar as informações disponíveis acerca do SARS-CoV-2, abrangendo a resposta imune contra ele e a consequente formação da tempestade de citocinas. Em alguns indivíduos, a resposta exacerbada do sistema imunológico provoca a hiperestimulação de suas células de defesa, causando uma hiperinflamação em decorrência da tempestade de citocinas pró-inflamatórias (TNF-α, IL-1-β, IL-6, IL-12 e quimiocinas). Essa hiperinflamação caracteriza a fisiopatologia da COVID-19 grave que provoca alterações patológicas principalmente nos pulmões, sendo um fator preditor de gravidade da doença devido à forte associação com a falência de múltiplos órgãos, podendo levar à morte. A dosagem dos níveis séricos de IL-6 e IL-10 foram considerados preditores da gravidade da doença e pode ser usada para o diagnóstico de pacientes com maior risco de agravamento da doença. Conclui-se que elevações dos níveis séricos de citocinas pró-inflamatórias geralmente estão presentes na COVID-19 grave. Porém, mais estudos são necessários para estabelecer diferenças entre os pacientes com COVID-19 que desenvolvem reação inflamatória protetora e equilibrada daqueles que desenvolvem reação inflamatória exagerada, com consequente tempestade patológica de citocinas.
Introdução: O vírus da imunodeficiência humana (HIV) em sua forma aguda pode causar febre, cefaleia, mal-estar, astenia, diarreia, dermatite, faringite, sudorese noturna, entre outros sintomas. O HIV infecta aproximadamente 37 milhões de pessoas no aspecto global e mata cerca de 1 milhão de indivíduos por ano, o que o torna de grande importância. Uma das razões dos altos índices de morbimortalidade é a ausência de tratamentos efetivos. Nos últimos anos houveram muitos avanços farmacológicos, todavia, ainda não há cura para a patologia, apenas o controle por terapias antivirais. Desta forma, o conhecimento acerca da resposta imunológica do vírus e do seu destino intracelular torna-se crucial, assim como a atividade imune inata e as possíveis restrições do vírus HIV-1 por alguns genes. Objetivos: Descrever as principais alterações do sistema imunológico decorrentes da infecção por HIV. Material e método: Revisão de literatura que abrangeu 3 artigos científicos entre os anos de 2011-2021, em língua inglesa e portuguesa, tratando-se da infecção por HIV e suas implicações imunológicas nas seguintes bases de dados: PubMed, ScieLO e LILACS. As palavras-chave utilizadas foram "HIV","Imunodeficiências", "Imunologia". Resultados: As infecções por HIV podem ser ocasionadas por um ou mais retrovírus, HIV-1 e HIV-2. Esses retrovírus atravessam as mucosas do organismo, infectando células do sistema imune, especialmente os linfócitos CD4 +, os quais são destruídos por esse vírus de forma progressiva. Os linfócitos possuem receptores para o HIV, de tal forma que eles se ligam na membrana dessa célula e penetram no seu interior para se multiplicarem, o que, posteriormente, a partir dessa população de células infectadas, poderão ser disseminados para os linfonodos, que permitirão que o vírus se espalhe em número satisfatório para instituir e manter a produção de vírus nos tecidos linfoides, além de estabelecer um reservatório viral latente, principalmente em linfócitos CD4+. Conclusão: Destaca-se, portanto, que os indivíduos com HIV, devido à destruição dos seus linfócitos CD4+ e, consequentemente, o comprometimento do seu sistema imunológico, ficam suscetíveis ao ataque de organismos infecciosos, aumentando sua imunodeficiência que, em última análise, leva a doenças oportunistas características da AIDS.
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