Resumo As pessoas assumiram papel estratégico e relevante nas organizações, constituindo fonte de competência organizacional essencial, devendo, portanto, ser valorizadas e desenvolvidas por meio de políticas e práticas de gestão de pessoas (GP). Assim, este estudo, de cunho qualiquantitativo, enseja desenhar um panorama dos estudos nacionais sobre esse tema, apresentando os resultados de uma revisão sistemática e bibliométrica dos trabalhos publicados nos principais periódicos de primeira linha em Administração e Psicologia, no período de 2010 a 2016, bem como a institucionalização da pesquisa no Brasil e a proposta de uma agenda de pesquisa, atualizando a revisão de Demo, Fogaça, Nunes et al. (2011), que contemplou estudos entre 2000 e 2010. Para tanto, foram pesquisados 18 periódicos com classificação Qualis da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) igual ou superior a B1. Foram encontrados 59 artigos. Quanto aos resultados, o aumento dos indicadores de produção científica no período analisado aponta o vigor acadêmico da área e a relevância estratégica para as organizações dos estudos relacionados às políticas e às práticas de GP. Foram identificadas lacunas desvelando a premência de realizar mais estudos relacionados às políticas de recrutamento e seleção e envolvimento, ainda pouco investigadas no cenário nacional. Ademais, estudos relacionando as políticas de GP a outras variáveis do comportamento organizacional, bem como o esforço de construir e validar medidas sobre o tema também se mostram necessários.
Resumo: Nosso texto se debruça sobre os escritos etnológicos de Archie Mafeje. Este autor sul--africano que viveu boa parte de sua carreira acadêmica no exílio, formulou críticas contundentes às ciências sociais em geral e à antropologia em particular. Para ele, formações sociais que desafiam nossas abordagens taxonômicas e dualistas, continuam sendo encarceradas em escaninhos estreitos e claustrofóbicos, em abordagens voltadas para a classificação e a interpretação do Outro. Esta ideia de alteridade baseia-se em uma leitura teórica que segrega o sujeito do objeto de escrutínio, da análise social. Em trabalhos que apontam os equívocos de estudos antropológicos, históricos e de sociologia urbana no continente africano, Mafeje demonstra como as apostas epistemológicas das ciências sociais legitimaram ideias e ideais de sociedades imóveis, circunscritas a limites territoriais demarcados no período colonial. Em suma, temos confinados o Outro, ao mesmo tempo em que temos nos satisfeito com modelos analíticos que perversamente permitiram o avanço da expropriação de terras e seus efeitos: xenofobia, êxodo, intolerância e racismo. A saída para Mafeje estaria no estabelecimento de uma interlocução autêntica, fundada não numa divisão entre o Eu e o Outro, mas no que ele chama de ontologia combativa. Segundo o autor, ao fazer etnografia, estaríamos recompondo o mundo para além dos dualismos e das cisões. Com tal proposta, Mafeje defende um projeto pós-antropológico de produção de conhecimento.Palavras-chave: Archie Mafeje, alteridade, ontologia combativa, interlocução autêntica, etnografia.
Purpose-Based on the relevance of resilience in the workplace and the importance of effective human resource management strategies in organizations, this research proposes to identify the influence of human resource management policies and practices on public servant resilience at work. Design/methodology/approach-The data from this quantitative study were analyzed by means of confirmatory factor analysis and regression analysis using structural equation modeling. The data collection was carried out through a survey. Findings-Involvement policy was the only predictor of resilience at work. In addition, the results revealed two scales (HRPPS and Resilience at Work Scale) with validity and reliability, which can be used in relational scientific studies. Originality/value-This research contributes to empirical studies in the area of organizational behavior regarding the background investigation of resilience at work and especially the analysis of a relationship between variables not yet explored in the literature.
Resumo O contexto moderno de trabalho exige que o trabalhador seja flexível e capaz de se adequar constantemente a novas exigências e desafios, ou seja, um trabalhador resiliente. A resiliência está inserida no contexto da psicologia positiva, em que a ciência e a prática estão direcionadas para a aplicação e a compreensão das qualidades e virtudes humanas, no intuito de auxiliar as pessoas a terem vidas mais felizes e produtivas. Assim, este trabalho enseja desenhar um panorama dos estudos nacionais sobre o tema, apresentando os resultados de uma revisão bibliométrica sistemática dos trabalhos publicados nos periódicos de administração e psicologia, desvelando os itinerários da produção nacional. O panorama que se configura ratifica o caráter contemporâneo, tal como a incipiência das pesquisas na realidade nacional que, em última análise, delineia grandes oportunidades de investigações científicas que contribuam para o avanço progressivo do conhecimento teórico-empírico sobre a resiliência no contexto das organizações brasileiras.
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