Resumo O uso de materiais de baixa absortância solar no envelope construtivo tem se mostrado uma estratégia eficaz para otimizar o desempenho termoenergético de edificações em locais com alta incidência de radiação solar. No entanto, a capacidade refletiva dos revestimentos se modifica ao longo do tempo, devido à degradação pela ação das intempéries e à deposição de material particulado, com prejuízos ao desempenho térmico da vedação ao longo de sua vida útil. Assim, determinar os efeitos da degradação da absortância solar tornou-se primordial para prever a capacidade de manutenção das propriedades refletivas de telhas e tintas com o tempo. Com o objetivo de contribuir com pesquisas nessa temática, este artigo apresenta o projeto, construção e operação de uma estação de envelhecimento natural para avaliação da degradação da absortância solar de telhas e revestimentos expostos ao tempo, em conjunto com o monitoramento simultâneo e contínuo de temperaturas superficiais com termopares. Os resultados obtidos para 28 telhas expostas por 2 anos indicam forte correlação (R² = 0,81) entre as temperaturas superficiais e a absortância solar ao longo do tempo, assim como o potencial de uso da estação de envelhecimento natural para análise conjunta da degradação da absortância e o desempenho térmico dos revestimentos.
As propriedades ópticas dos materiais podem se alterar ao longo do tempo em decorrência do envelhecimento natural. A fim de fazer uma comparação entre as amostras mais representativas dentro de um grupo de doze telhas cerâmicas esmaltadas, foram selecionadas duas destas telhas com absortâncias iniciais distintas (0,16 e 0,77). Após 24 meses de intemperismo, mediu-se as propriedades ópticas das amostras (absortância e emitância), além dos parâmetros de cor. Os resultados demonstram que a degradação natural das telhas impacta de forma mais significativa a “telha fria”, com aumento da absortância, pequena alteração em sua emitância, e diminuição do parâmetro “L*” de luminosidade.
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